John Kerry, o principal diplomata climático dos Estados Unidos, deixará o cargo que ocupa há mais de três anos, de acordo com fontes familiarizadas com o assunto. Kerry, que é ex-secretário de Estado dos EUA, senador de Massachusetts e candidato democrata à presidência, fará a transição de saída do governo federal nas próximas semanas. Aos 80 anos, ele pretende ajudar na campanha de reeleição do presidente Joe Biden, segundo informações do site de notícias ‘Axios’. A Casa Branca não comentou o assunto e o Departamento de Estado se recusou a fazer qualquer declaração. Nos últimos três anos, John Kerry tem sido o principal emissário de líder norte-americano no combate às mudanças climáticas. Ele atuou como enviado presidencial especial para o clima, percorrendo o mundo em busca de acordos regionais para promover a energia limpa e reduzir as emissões. Kerry participou da primeira cúpula da ONU sobre o assunto em 1992 e tem sido um defensor da luta contra as mudanças climáticas há décadas.
Apesar de deixar o governo, Kerry deixou claro que continuará engajado na luta pelo clima. Ele terá mais tempo para pressionar por políticas, projetos e políticos favoráveis à causa. Isso inclui a possibilidade de ajudar a estimular mais apoio à reeleição de Biden, especialmente entre os eleitores jovens preocupados com o aquecimento global. A decisão de do diplomata de deixar o cargo ocorre após a última conferência do clima em Dubai, a COP 28, que resultou em um acordo histórico para a transição dos combustíveis fósseis. Ainda não se sabe quem poderá substituir Kerry, um político e diplomata experiente que trouxe uma seriedade incomum à sua função de principal negociador internacional do clima dos EUA. Antes dele, o cargo era ocupado por burocratas com menos destaque e experiência em diplomacia.
O diplomata tem uma relação próxima com Biden, construída durante seus anos de serviço compartilhado no Senado. Além disso, sua reputação como ex-secretário de Estado facilita sua diplomacia pessoal com líderes mundiais. Em 2014, suas conversas com a China ajudaram a impulsionar uma declaração conjunta sobre o clima que estabeleceu a base para o Acordo de Paris. Apesar das tensões entre EUA e China em outros assuntos, Kerry acredita na possibilidade de cooperação entre os dois países no combate às mudanças climáticas. Embora Kerry seja otimista em relação à capacidade do mundo de se adaptar e evitar o aquecimento global, ele reconhece os desafios enfrentados. Ele acredita que as ações do setor privado, como decisões de empresas, investidores e executivos em relação a seus portfólios de energia, são fundamentais para promover uma economia verde.
Fonte: Jovem Pan News
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