O Bahia se manteve na elite do futebol brasileiro a duras penas. Se o ano de 2023 foi de preocupação, na nova temporada o sentimento é de ansiedade.
Com o poderio financeiro do Grupo City, o Tricolor Baiano tem suas dez contratações mais caras da história somente de 2022 para cá, e já conta com cinco das seis maiores contratações do futebol do nordeste.
Somente na virada para 2024, o Bahia desembolsou cerca de R$ 50 milhões para contar com o ex-Fortaleza Caio Alexandre, a maior contratação de um time nordestino na história, e Jean Lucas, ex-Santos.
Fechando o top-6, o Esquadrão ainda aparece com Jhoanner Chávez, Cauly e Gilberto. Apenas o Fortaleza se intromete pelo meio, com a contratação de Moisés.
Nesta quarta-feira (24), depois de pré-temporada na Europa, os reforços vão estrear no Campeonato Baiano. Para além das contratações milionárias, o projeto do Bahia ainda atraiu o tarimbado Everton Ribeiro, livre no mercado após término do vínculo com o Flamengo. O comandante Rogério Ceni elogiou a estrutura do clube e acredita em título nacional no futuro.
“É um projeto que me empolga. Eu fico feliz porque você vê que há realmente por trás disso uma estrutura que, apesar do crescimento ser gradativo e que a gente gosta do imediatismo, você quer ser campeão. Eu acho muito difícil que o Bahia, esse ano, se torne campeão brasileiro, é muito difícil. Mas com o passar dos anos, com esse crescimento, com a experiência do Grupo City, com o investimento, eu acho que o Bahia tem tudo, para daqui a dez anos ser campeão brasileiro”, projetou Ceni.
A torcida do Bahia demonstra empolgação com o novo momento vivido pelo clube. E faz sentido. O século XXI para Esquadrão, na maior parte desse período, foi de tempos difíceis.
Em 2001, o Bahia levantava pela 43ª vez o troféu do estadual. Era a última vez que o Tricolor ficaria com o título em uma década de jejum e ascensão do Vitória. Nesse período, o Bahia foi vice para o rival em seis oportunidades.
No ano de 2012, no aniversário de 113 do anos do Vitória, quem enfim ficou com o presente foi o torcedor do Bahia. Dez anos depois da conquista da Copa do Nordeste, o Tricolor Baiano voltava a vencer um campeonato.
Naquele ano, o Bahia conseguiu a permanência na primeira divisão e atingiu as quartas de final da Copa do Brasil, onde caiu para o Grêmio. Os destaques em 2012 foram o meia Gabriel, que depois rumaria ao Flamengo; o artilheiro Souza, responsável por 27 gols no ano; o zagueiro Titi, atleta que mais atuou pelo time em 2012; além do volante Fahel. Aquele Bahia ainda reuniu os medalhões Mancini e Kléberson.
Seis anos depois, o Bahia faria bom papel novamente em uma temporada. O ano de 2018 começou com título do Baiano e o vice da Copa do Nordeste.
O Esquadrão ainda foi destaque em mais duas copas. Na do Brasil, o time baiano foi eliminado, nas quartas de final, em duelo parelho contra o Palmeiras. Na Sul-Americana, o Bahia foi superado nos pênaltis, também nas quartas de final, pelo Athletico. O Furacão foi o campeão daquele torneio.
Aquele Bahia tinha Douglas Friedrich no gol, Nino Paraíba na lateral, e os destaques eram Gregory e Zé Rafael, no meio, e Vina e Edigar Junio atuando mais avançados. Desde o início deste século, o Bahia ainda teve jogadores como Daniel Alves, Ávine, Preto Casagrande, Talisca, Gilberto e Nonato.
Para o duelo desta quarta, diante do Jacobina, o Bahia deve ir a campo com: Marcos Felipe; Gilberto, Kanu, David Duarte e Rezende; Caio Alexandre, Jean Lucas e Cauly; Everton Ribeiro️, Biel e Rafael Ratão.
Se o sonho do tricampeonato de Campeonato Brasileiro ainda parece distante, o torcedor do Bahia tem bons motivos para celebrar. Uma nova era chegou e, agora, o Bahia pode alcançar novamente as primeiras prateleiras do futebol nacional.
Fonte: Ogol
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