Uma das grandes sensações da fase de grupos da Copa Africana de Nações caiu na primeira eliminatória de mata-mata. Aproveitando-se de uma expulsão e de uma noite nada inspirada do artilheiro da competição, a Guiné surpreendeu a Guiné Equatorial e arrancou a classificação com uma vitória magra de 1 a 0, definida no último lance do duelo.
Classificado como melhor terceiro colocado da primeira fase, a Guiné segue viva na Copa Africana. Nas quartas, a seleção enfrenta o vencedor do duelo entre Egito e Congo.
Contrariando a maior parte dos duelos da Copa Africana de Nações, o confronto entre Guiné e Guiné Equatorial foi pouco ofensivo e muito faltoso. As duas seleções adotaram posturas cautelosas na hora de agredir os adversários e cederam poucos espaços na defesa, causando um número excessivo de infrações.
Embora tímida no ataque, a Guiné ensaiou melhor as suas incursões contra a defesa adversária. Em duas tentativas pela direita, logo no começo da partida, Mohamed Bayo recebeu passe em profundidade e finalizou para fora do alvo. Os Djurtus voltaram a criar com perigo somente nos acréscimo através de contra-ataque com superioridade numérica, mas sem conseguir finalizar a jogada.
Dona do ataque mais letal na primeira fase, a Guiné Equatorial também decepcionou no fundamento. A seleção terminou a etapa inicial sem nenhuma conclusão de risco contra a baliza adversário e também contribuiu para o fraco primeiro tempo.
Durante o intervalo, ambas as seleções receberam um choque de ânimo no vestiário e mudaram completamente a postura para os últimos 45 minutos. Apesar dos duelos físicos e faltosos seguirem ditando o panorama do duelo, as ações de ataque começaram a ser exploradas.
Logo no primeiro lance, a Guiné Equatorial chegou pela primeira vez com perigo. Após bate-rebate, Nsue ficou com a bola na medida em frente a pequena área e chutou por cima da trave. A resposta de Guiné veio de forma ainda mais efetiva. Através da bola parada, Konaté cabeceou livre nas redes, mas em posição irregular apontada pelo assistente e confirmada pelo VAR.
Em dez minutos de etapa complementar, o duelo rendeu mais emoções do que todo o primeiro tempo. Mesmo com as tentativas perigosas de ataque, o confronto seguiu duro na marcação. Federico Bikoro, capitão da Guiné Equatorial, abusou da intensidade e entrou com deslealdade no adversário, recebendo o cartão vermelho direto.
A expulsão mudou novamente a rota da partida e levou a Guiné a controlar a posse de bola e ocupar o campo de ataque. No entanto, a seleção cometeu erros defensivos e entrou espaços para os adversários arriscarem, mesmo em desvantagem numérica.
Aos 25, Ibán Salvador recebeu uma chegada pesada por trás e sofreu uma penalidade. A chance de ouro da Guiné Equatorial caiu novamente nos pés do artilheiro da Copa Africana, Emilio Nsue. Em uma noite nada inspirada, o camisa 10 tirou demais do arqueiro e mandou a cobrança na trave.
Após o susto, a Guiné iniciou de fato sua pressão e sufocou a seleção adversária. Enquanto conseguiu, o goleiro Owono salvou a Guiné Equatorial, mas o castigo veio de forma cruel literalmente no último lance. Em jogada de Diakité pela direita, Bayo entrou livre no primeiro poste e mandou nas redes, decretando a classificação da Guiné.
Fonte: Ogol
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