Domingo, Novembro 24, 2024
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Investigação expõe detalhes sobre minuta de golpe, campanha de desinformação e plano para prisão de ministros

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A Polícia Federal deflagrou a operação que investiga tentativa de golpe de Estado e ataque ao Estado Democrático de Direito.

A operação Tempus Veritatis, deflagrada na quinta-feira, 8, pela Polícia Federal, expõe o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados políticos como alvos de 33 mandados de busca e apreensão, quatro de prisão e 48 medidas cautelares. As ordens judiciais, autorizadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), ocorrem após o ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, ter fechado um acordo de colaboração premiada com investigadores da PF. O acordo foi enviado à Procuradoria-Geral da República (PGR) e já recebeu a homologação do STF.

As investigações apontam que a organização se dividiu em seis núcleos para atuar na tentativa de golpe de Estado e de ataque ao Estado Democrático de Direito. Os núcleos incluem desinformação e ataques ao sistema eleitoral, incitação ao golpe entre militares, atuação jurídica, coordenação de ações de apoio operacional, inteligência paralela, e oficiais de alta patente que legitimavam todas as ações.

O grupo também promoveu reuniões para impulsionar a divulgação de notícias falsas contra o sistema eleitoral brasileiro, com o intuito de descredibilizar as urnas eletrônicas e questionar o resultado das eleições de 2022. Um vídeo com a gravação da reunião foi encontrado em um dos computadores de Cid.

Os relatórios da PF também apontam que o grupo formado pelo ex-presidente e aliados monitorou o ministro Alexandre de Moraes. O monitoramento foi descoberto nas mensagens trocadas entre Mauro Cid e o coronel do Exército, Marcelo Câmara, que atuou como assessor especial da Presidência da República e foi preso preventivamente.

Por determinação de Moraes, os investigados estão proibidos de manter contato e de deixarem o país. Também precisam entregar os passaportes em 24 horas e estão suspensos do exercício das funções públicas. Todas as medidas tiveram o aval do procurador-geral da República (PGR), Paulo Gonet. Entre elas, como o site da Jovem Pan mostrou, estava a entrega do passaporte do ex-presidente às autoridades. Os alvos de busca e apreensão também incluíram o ex-chefe do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno Ribeiro Pereira, o ex-ministro da Casa Civil Walter Souza Braga Netto, o ex-ministro da Defesa Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira e o ex-ministro da Justiça Anderson Torres. Foram presos Felipe Martins e o coronel do Exército Marcelo Costa Câmara, ambos ex-assessores especiais de Bolsonaro, e o major Rafael Martins de Oliveira. Já o presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, acabou sendo preso por porte ilegal de arma, no momento que os agentes cumpriam o mandado de busca e apreensão contra ele.

*Com Agência Brasil

Fonte: Jovem Pan News

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