Com uma dose poderosa de drama, o Liverpool conquistou mais uma vez a Copa da Liga Inglesa. Neste domingo, em Wembley, o time de Klopp, recheado de desfalques, encarou um embalado Chelsea, segurou as pontas na etapa regulamentar e, contando com o heroísmo de Virgil van Dijk já no fim da prorrogação, garantiu mais um título para história vermelha: 1 a 0.
Maior vencedor da Copa da Liga, o Liverpool emplaca seu décimo título na competição e amplia a vantagem para o segundo maior vencedor Manchester City, que soma oito canecos.
O primeiro tempo foi marcado por intensidade e alternância de domínio entre as equipes. O início foi de controle do Liverpool, que, mesmo com muitos desfalques, ocupou o campo adversário e criou boas chances para marcar. Na melhor delas, Luis Díaz recebeu na área e finalizou com força, obrigando Petrovic a fazer grande defesa.
Depois dos primeiros 15 minutos, as rédeas da decisão mudaram de mãos e o Chelsea passou a flertar com o primeiro gol. Aos 19, após cruzamento de Gallagher da esquerda, Jackson não conseguiu a finalização e a bola se ofereceu para Palmer, que bateu na pequena área (à queima-roupa) e foi parado por um verdadeiro milagre de Kelleher.
Mais confiante, o time de Mauricio Pochettino aumentou o volume ofensivo, encurralou os Reds e chegou a balançar as redes com Sterling, que completou cruzamento de Jackson para o fundo das redes, mas o lance foi invalidado por impedimento do senegalês no início da jogada.
Pouco antes do intervalo, o Liverpool reagiu e voltou a ter superioridade no confronto. Aos 40, o holandês Gakpo aproveitou cruzamento da esquerda, foi no terceiro andar e testou no cantinho. A bola passou por Petrovic, mas não pela trave!
Na volta do intervalo, o panorama seguiu quase o mesmo. O Liverpool tomou a iniciativa e construiu bons espaços nos primeiros minutos. Logo aos 11, após cruzamento da esquerda, Elliot pegou de primeira e parou em boa intervenção de Petrovic.
Sem tirar o pé do acelerador, o time de Klopp continuou em cima e, assim como os Blues na primeira etapa, também teve a experiência de ter um gol anulado. Robertson cobrou falta da esquerda, Virgil van Dijk testou bonito no meio da área, venceu o goleiro, mas não pôde comemorar por muito tempo. Após análise do VAR, foi marcado o impedimento de Endo, que, segundo interpretação do árbitro, interferiu na jogada.
O troco londrino veio em seguida. Primeiro com Disasi, que teve a chance de marcar na pequena área e finalizou muito mal. Depois com Gallagher, que tocou de letra após cruzamento de Palmer e só não marcou um golaço pois a bola carimbou o poste.
Já na reta final, o Chelsea, mais inteiro fisicamente, iniciou uma grande pressão pelo gol do título, mas esbarrou num muro chamado Caoimhín Kelleher. O irlandês assumiu o protagonismo e acumulou incríveis defesas. Já nos acréscimos, Kalmer e Nkunku finalizaram em sequência na área, mas o goleirão dos Reds foi gigante e forçou a prorrogação na decisão.
O início da prorrogação foi uma cópia do que aconteceu no tempo regulamentar. Sempre agressivo nos primeiros minutos, o Liverpool virou a página da pressão londrina nos minutos finais de jogo e iniciou uma blitz para cima dos Blues.
Aos cinco, após cruzamento da esquerda, o menino Danns, de apenas 18 anos, subiu bonito e testou firme. Atento, Petrovic voou e fez uma linda defesa. Logo na sequência, Elliot também tentou finalização da direita, acertou a rede…mas pelo lado de fora.
Nos últimos 15 minutos, Liverpool e Chelsea ignoraram a possibilidade de administrar o resultado para decidirem nos pênaltis. Os londrinos se lançaram para o ataque, incomodaram com Madueke e Luis Díaz, mas não conseguiram criar grandes problemas para Kelleher.
Do outro, em resposta, os Reds contaram com o poder de decisão de um zagueiro para selarem mais uma conquista. Já nos minutos finais da prorrogação, após cobrança de escanteio, Virgil van Dijk se antecipou na primeira trave e desviou para as redes, garantindo o décimo título do Liverpool na história da Copa da Liga Inglesa.
Fonte: Ogol
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