Sábado, Novembro 23, 2024
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Vasco vai do céu ao inferno, arranca empate no fim e derruba Água Santa nos pênaltis

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Foi uma noite de muita tensão em São Januário. Na qual a torcida foi do céu ao inferno diversas vezes. Já viram uma montanha-russa na Colina? Pois bem. O Vasco foi do tudo ao nada muito rápido. Abriu 2 a 0, mas levou a virada para 3 a 2. Ainda conseguiu reagir nos acréscimos, e precisou dos pênaltis para superar um valente Água Santa e avançar para a terceira fase na Copa do Brasil. 

Depois de todo o drama, a festa começou para varar a noite na Barreira. O Cruz-Maltino espanta o fantasma da segunda fase e segue adiante na Copa do Brasil. Para alívio de seu torcedor. Calejado de tanto sofrer. Mas querendo um motivo para sonhar.  

O Vasco levou apenas três minutos para sair na frente. E claro, teve a participação de Payet. O francês recebeu de Galdames na canhota, levou para a perna direita e bateu forte. Ygor Vinhas soltou, e Galdames apareceu na área para empurrar para dentro. 

Quase Júnior Todinho calou São Januário após Zé Gabriel perder dividida no meio. O atacante ficou frente a frente com Léo Jardim, mas acabou chutando para fora. Foi um começo de jogo eletrizante. 

Apesar do susto, o Cruz-Maltino fazia uma boa partida. Envolvia o adversário. Após uma boa troca de passes, de mais de um minuto, a bola seguiu pela direita, e Paulo Henrique teve liberdade para cruzar na cabeça de Vegetti. O artilheiro não perdoou, e abriu 2 a 0. 

O Cruz-Maltino conseguia rodar o campo com a bola. Da canhota com Payet e Piton até a direita, com Adson e Paulo Henrique. O jogo passava pelos volantes, com saída qualificada. Mesmo após o segundo gol, o time da casa seguiu no campo de ataque. 

O Netuno, apesar de sofrer na defesa, quando conseguia avançar no ataque, era sempre perigoso. Só faltava sorte. Aos 35, Artur bateu forte, Léo Jardim espalmou e Todinho, na sobra, parou também no goleiro. Aos 41, Luan Dias mandou na área e Robles mandou cabeçada no travessão. 

No último lance do primeiro tempo, o time de Diadema conseguiu descontar. Luan Dias enfiou grande bola para Neilton, nas costas da defesa. O camisa 7 tirou de Jardim e deixou tudo em aberto para a segunda etapa. 

Com o gol perto do intervalo, o Água Santa voltou pressionando. A fase defensiva do Vasco seguiu com muitos defeitos, sofrendo principalmente no jogo pelo alto. Todinho, de cabeça, voltou a colocar Jardim para trabalhar. 

Buscando tirar sua equipe do sufoco, Ramón Díaz desfez o esquema com três zagueiros e povoou o meio com a entrada de Matheus Carvalho no lugar de João Victor. David também entrou no lugar de Adson para buscar mais agressividade no último terço. 

Só que a bola pelo alto seguiu fazendo a diferença para o Água Santa. Luan Dias cobrou mais uma falta na área e Andrés Robles, sozinho, mandou de cabeça para dentro. Com o placar, o classificado só seria conhecido nos pênaltis. 

O Vasco tentou colocar a cabeça no lugar. Pareceu assustado por um momento. Pressionado. Mas voltou a colocar a bola no chão depois de uns minutos. E David recebeu na área após jogada trabalhada, cortou para a canhota e bateu forte. Ygor Vinhas espalmou. Payet, na sequência, recebeu lançamento de Medel e saiu na cara do gol. O francês tentou de cavadinha, e a bola passou lentamente perto da trave. 

Sem matar o jogo, o Cruz-Maltino viu a classificação se complicar no fim. Aos 42, Ronald fez muito bem o pivô pelo meio e deixou Luan Dias na cara do gol. De perna direita, o camisa 10 tirou de Jardim para fazer o 3 a 2. 

O Vasco teve dez minutos de acréscimos para se recuperar. No terceiro minuto, Payet cobrou falta na área e Lucas Piton apareceu sozinho para, de cabeça, empatar o duelo novamente. 3 a 3. 

No último lance do jogo, Payet cavou falta na entrada da área. No mesmo lado, em posição parecida de quando o francês marcou contra o América, gol decisivo no Brasileirão do ano passado. Dessa vez, o milagre não se repetiu, e a decisão foi para os pênaltis. 

Os pênaltis, geralmente, tornam os heróis, vilões. Não com Payet, que acertou a sua cobrança. Mas com Robles, autor de um gol pelo Água Santa e de partida quase imaculada. Se não fossem… Os pênaltis. Jardim pegou a cobrança do chileno. 

Sforza quase perdeu a dele. Ygor Vinhas chegou a tocar na bola. Mas não conseguiu ser herói. O protagonismo foi todo de Léo Jardim, que contou também com a sorte: Bruno Mezenga parou na trave. 

A última cobrança foi de Vegetti. O herói, mais uma vez, se tornaria vilão? Os piratas não têm medo de vilões. Eles são os vilões. Mas só para seus adversários. Vegetti colocou o Vasco na próxima fase. No sufoco. 

Fonte: Ogol

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