O Botafogo teve de batalhar contra antigos fantasmas. Voltou a contar com gol do iluminado Júnior Santos, mas sofreu no fim com um a menos, em uma apneia que, dessa vez, teve um final feliz. O Glorioso empatou em 1 a 1 com o Bragantino, em Bragança Paulista, e avançou para a fase de grupos da Libertadores.
Após vitória por 2 a 1 no Nilton Santos, o Glorioso segurou o empate na casa do Massa Bruta e, depois de muito drama, conseguiu chegar na fase de grupos, algo que não acontecia desde 2017.
O início de jogo foi de muita transpiração, e pouca inspiração dos dois lados. Muita tensão e pouca emoção. O Bragantino teve postura mais agressiva, tentando trabalhar mais a bola. Mas criou pouco perigo para a meta de Gatito Fernández.
Como de costume, o Massa Bruta usou muito Helinho pela canhota. Eduardo Sasha tentou se movimentar bastante e, nas fases mais agudas, se juntou a Borbas no centro do ataque. Mas pouco participou do jogo em zonas de finalização.
A primeira jogada mais perigosa do time da casa surgiu da qualidade de Helinho. O ponta fez grande jogada na direita, se livrou da marcação e tentou a finalização, mas acabou bloqueado.
Pouco depois, Helinho cobrou falta na área e Juninho Capixaba mandou cabeçada no cantinho. Gatito tentou chegar, mas a bola pegou na trave. Foi a melhor chance da primeira meia hora de encontro.
Acuado em campo, o Botafogo tentava raras investidas pela direita, com Júnior Santos. Eduardo, aos 37, tentou acordar o time e quase surpreendeu Cleiton com um chute do meio da rua. A bola passou com muito perigo. Fora isso, o Bota nunca mais ameaçou na primeira parte.
O jogo ficou com contornos dramáticos para os cariocas logo no início do segundo tempo. Cleiton mandou bola longa para Juninho Capixaba, que ia sair na cara do gol. Damián Suárez acabou puxando o lateral adversário, e foi expulso de campo. Helinho quase marcou logo na cobrança da falta, mas Gatito se esticou todo para jogar para escanteio.
A pressão do Massa Bruta ficou grande. Laquintana entrou no lugar de Eric Ramíres e Lincoln passou a atuar mais adiantado. Depois de jogada do meia, Borbas teve a chance de arremate na área, mas mandou por cima do alvo.
O Glorioso estava nas cordas, sem conseguir reagir. Nem contra-ataque conseguia puxar. Até que, após ligação direta de Gatito, Tiquinho tocou de cabeça, Hugo ganhou de Lucas no fundo e deixou na área para Júnior Santos só empurrar para a rede. O iluminado Júnior Santos!
Enquanto isso, o Bragantino desperdiçava chances de voltar ao jogo. Helinho ficou com sobra de bola limpa na área e bateu forte de canhota, mas por cima do alvo. Uma ótima oportunidade jogada no lixo (ou na lua). Até que Talisson recebeu de Capixaba, girou bonito para cima de Ponte e bateu forte para empatar.
Seria mais um final sofrido para a torcida botafoguense. Quantos fantasmas não rondaram a mente… Foram sete minutos de acréscimos. Sete minutos de uma espécie de apneia alvinegra. Que quase virou agonia, mas Gatito impediu. Dessa vez, o final foi feliz. O torcedor botafoguense abriu um sorriso no rosto. O time está nos grupos da Libertadores.
Fonte: Ogol
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