Dez dias após vencer as eleições, Luís Montenegro, líder da Aliança Democrática de direita moderada, foi nomeado primeiro-ministro de Portugal na madrugada desta quinta-feira, 20, (noite de quarta em Brasília). Este advogado de 51 anos, com formação parlamentar, sucede ao socialista António Costa, no poder desde o final de 2015, mas não terá uma maioria estável no Parlamento e terá que se entender com uma extrema-direita em ascensão. A AD, que ficou muito aquém de uma maioria absoluta, disse que está preparada para governar sozinha, rejeitando negociar uma coalizão proposta pelo partido de extrema-direita Chega, que quadruplicou sua representação parlamentar – fato inédito para um partido de extrema-direita desde a queda de uma ditadura fascista há 50 anos.
Um governo da AD dependerá de acordos fragmentados no Parlamento com o Chega ou com a esquerda para aprovar legislações, o que o torna potencialmente instável. A nomeação amplamente esperada do presidente conservador Marcelo Rebelo de Sousa ocorreu pouco depois da meia-noite de quinta-feira (horário local), depois que as cédulas restantes do exterior foram contadas pela comissão eleitoral, dando ao Chega duas cadeiras adicionais no Parlamento, enquanto a AD e os socialistas acrescentaram apenas uma cada. No total, a AD conquistou 80 cadeiras no Parlamento de 230 vagas.
*Com informações da AFP e Reuters
Fonte: Jovem Pan News
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