Como jogador, marcante e vencedor. Como treinador, moderno e perspicaz. Esse é Gabriel Milito, ex-zagueiro argentino do Barcelona e irmão do atacante Diego Milito. Conhecido como jogador, mas ainda à procura de se firmar como técnico, Milito entrou na mira do Atlético Mineiro para o lugar de Felipão, demitido nesta quarta-feira (20).
Com uma carreira conhecida dentro das quatro linhas, Milito já passou por Independiente, Real Zaragoza e Barcelona. Como treinador, comandou Estudiantes, Independiente, O’Higgins e Argentinos Juniors, onde esteve na última temporada. Carrega consigo na bagagem títulos de Champions League e Mundial de Clubes, além de troféus nacionais. Todos como atleta.
Peça marcante da história do Independiente, o zagueiro começou a carreira no Rojo em 1998. No clube argentino, Milito passou cinco temporadas como profissional e conquistou um singelo Apertura, antes de rumar ao Real Zaragoza.
No clube espanhol, manteu uma carreira consolidada e se tornou um defensor histórico. Pelos Blancos, conquistou a Copa do Rei e a Supercopa Espanhola em 2003/04 e 2004/05, últimos títulos da equipe desde então. Foram cinco temporadas pelo clube e mais de 150 jogos, escrevendo seu nome na história do clube.
Na sequência, se tornou jogador do Barcelona, clube no qual venceu, entre outros títulos, a Champions League e o Mundial de Clubes. Na equipe blaugrana, jogou ao lado de Lionel Messi, Ronaldinho Gaúcho e Zlatan Ibrahimovic. Permaneceu na Catalunha por duas temporadas, antes de voltar para casa.
Como ponto final da carreira futebolística, Milito retornou ao Independiente, clube que o projetou ao mundo. Jogou uma última temporada com a camisa do clube e, e entre um vice-campeonato de Recopa Sul-Americana e a 16ª colocação na Primeira Divisão Argentina, se aposentou… como jogador.
Após uma temporada de pausa depois de deixar o comando da equipe de La Plata, Gabriel assumiu o clube onde começou e terminou a carreira de atleta: o Independiente. No entanto, o técnico não suportou a pressão de um mau início e foi demitido após somar 22 pontos em 14 jogos do Campeonato Argentino.
No O’Higgins, do Chile, não se sustentou por muito tempo. Eliminado da Copa do Chile ainda na segunda fase e fora da zona de classificação para a fase final do Campeonato Chileno, Milito também foi demitido após cair na segunda fase da copa local e não se classificar para qualquer competição europeia.
O treinador voltaria ao Estudiantes, onde começou bem sua carreira de técnico. Em menos de duas temporadas, não teve destaques no comando da equipe, mantendo o clube de La Plata no meio da tabela, mas chamou a atenção do Argentinos Juniors.
No novo clube, foi onde teve seu melhor trabalho: em dois anos e meio e 135 jogos, foram 57 vitórias, 35 empates e 43 derrotas, totalizando um aproveitamento de 50,74%. Disputou a Libertadores em duas oportunidades e terminou a Primeira Divisão com a equipe em sexto, oitavo e décimo colocada, respectivamente
Gabriel Milito prioriza o jogo ofensivo, com o controle da posse de bola considerado primordial. Com três defensores, dois alas, dois meio-campistas e três atacantes, o Argentinos Juniors de Milito conquistou bons feitos. Chegou à posição de segundo time que mais criou grandes chances no Campeonato Argentino de 2022 e, em 2023, se manteve no pódio, mas na terceira posição.
Além disso, o técnico argentino foca, também, em trabalhar a força mental do seu grupo. Alguns desses aspectos, senão todos, vieram da influência europeia, onde Milito fez escola como jogador por mais de 8 temporadas.
No fim de 2023, Milito se despediu do Argentinos Juniors e finalizou um dos trabalhos mais longos e estáveis das divisões de elite na América do Sul. E após estar na mira do rival Cruzeiro, agora é desejado pelo Atlético Mineiro para o lugar de Felipão.
Fonte: Ogol
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