Taxas locais ficam próximas da estabilidade com surpresa no IPCA+

A curva de prefixados mantém-se estável, enquanto o IPCA+ continua a surpreender, segundo relatório do Itaú BBA.

O relatório do Itaú BBA, assinado por Lucas Queiroz e emitido em 25 de março, conclui que a curva de prefixados permaneceu próxima da estabilidade durante a semana. As taxas caíram até quarta-feira e foram parcialmente compensadas por altas na quinta e sexta-feira.

A surpresa na renda fixa é o comportamento da curva de taxas reais (IPCA+), que se desviou do movimento nos prefixados e apresentou uma nova elevação das taxas.

O relatório informa que a abertura média foi de cerca de +0,07% p.p. a partir do vértice de 2 anos, com um recuo no trecho curto da curva.

Ao analisar a curva de juros, o relatório sugere que os investidores esperam um corte adicional de 0,5 p.p. na reunião de junho do Comitê de Política Monetária (Copom). Isso levaria a taxa básica de juros, Selic, ao nível terminal de 9,75% ao ano no atual ciclo de contrações.

Lucas Queiroz escreve que o cenário externo pode alterar essa trajetória. O principal destaque da reunião do FOMC (equivalente ao Copom para os americanos) foi a manutenção de três cortes de juros projetados pelos diretores para 2024.

Segundo o documento, a confirmação do início de um ciclo de quedas nos Estados Unidos a partir de junho poderia alterar o cenário interno, com a possível “perda do ímpeto das taxas longas de juros por lá, assim como o dólar”.

Fonte: Inteligência Financeira

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