O saldo negativo é resultado principalmente do déficit do governo federal.
As contas públicas fecharam o mês de fevereiro com saldo negativo. O déficit é resultado, principalmente, do governo federal, devido à antecipação do pagamento de precatórios em 2024. O setor público consolidado, que inclui a União, os estados, municípios e empresas estatais, registrou um déficit primário de R$ 48,692 bilhões em fevereiro, em comparação com um déficit de R$ 26,453 bilhões no mesmo mês de 2023.
O déficit primário representa o resultado negativo das contas do setor público (despesas menos receitas), sem considerar o pagamento dos juros da dívida pública. Nos dois primeiros meses do ano, o setor público consolidado registrou um superávit primário de R$ 53,455 bilhões. Em 12 meses, encerrados em fevereiro, as contas acumulam um déficit primário de R$ 268,229 bilhões, o que corresponde a 2,44% do Produto Interno Bruto (PIB).
Em 2023, as contas públicas fecharam o ano com um déficit primário de R$ 249,124 bilhões, ou 2,29% do PIB. Em fevereiro deste ano, a conta do Governo Central (Previdência, Banco Central e Tesouro Nacional) teve um déficit primário de R$ 57,821 bilhões, em comparação com um resultado negativo de R$ 39,238 bilhões em fevereiro de 2023.
Os governos estaduais registraram um superávit em fevereiro de R$ 7,486 bilhões, em comparação com um superávit de R$ 7,542 bilhões em fevereiro do ano passado. Os governos municipais tiveram um resultado positivo de R$ 1,160 bilhão em fevereiro deste ano. No mesmo mês de 2023, houve um superávit de R$ 4,305 bilhões.
No total, os governos regionais (estaduais e municipais) tiveram um superávit de R$ 8,646 bilhões em fevereiro de 2023, contra um resultado positivo de R$ 11,847 bilhões no mesmo mês do ano passado.
As empresas estatais federais, estaduais e municipais, excluindo os grupos Petrobras e Eletrobras, tiveram um superávit primário de R$ 483 milhões em fevereiro, em comparação com um superávit de R$ 938 milhões no mesmo mês de 2023.
Os gastos com juros ficaram em R$ 65,166 bilhões em fevereiro deste ano, um ligeiro aumento em relação aos R$ 64,153 bilhões registrados em fevereiro de 2023. Já de janeiro para fevereiro de 2024, houve uma redução significativa. No primeiro mês do ano, os gastos com juros foram de R$ 79,914 bilhões.
O resultado nominal das contas públicas, formado pelo resultado primário e os gastos com juros, aumentou na comparação interanual. Em fevereiro, o déficit nominal ficou em R$ 113,858 bilhões, contra um resultado negativo de R$ 90,606 bilhões no mesmo mês de 2023.
Em 12 meses encerrados em fevereiro, o setor público acumula déficit R$ 1,015 trilhão, ou 9,24% do PIB, o maior déficit nominal para o período de 12 meses desde janeiro de 2021. O resultado nominal é levado em conta pelas agências de classificação de risco ao analisar o endividamento de um país, indicador observado por investidores.
A dívida líquida do setor público – balanço entre o total de créditos e débitos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 6,693 trilhões em fevereiro, o que corresponde a 60,9% do PIB. Em janeiro, o percentual da dívida líquida em relação ao PIB estava em 60,1% (R$ 6,565 trilhões).
Em fevereiro deste ano, a dívida bruta do governo geral (DBGG) – que contabiliza apenas os passivos dos governos federal, estaduais e municipais – chegou a R$ 8,301 trilhões ou 75,5%, com aumento em relação ao mês anterior (R$ 8,210 trilhões ou 75,1% do PIB). Assim como o resultado nominal, a dívida bruta é usada para traçar comparações internacionais.
Com informações da Agência Brasil
Fonte: Inteligência Financeira




Comentários