Quinta-feira, Novembro 14, 2024
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‘Enquanto esse governo estiver no poder, a guerra não vai acabar’, afirma colaboradora do Instituto Brasil-Israel

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A situação política em Israel e a pressão internacional complicam as chances de um cessar-fogo

O conflito entre o Hamas e Israel, que começou em 7 de outubro do ano passado, completará seis meses no próximo domingo, 7 de abril. A guerra continua, sem perspectiva de paz. Karina Calandrin, doutora em Relações Internacionais e especialista em questões do Oriente Médio, comentou o cenário a curto prazo no Jornal da Manhã desta sexta-feira (5).

Segundo Calandrin, é pouco provável que haja uma mudança no comportamento do governo israelense e do grupo terrorista Hamas. Recentemente, uma resolução do Conselho de Segurança da ONU exigiu um cessar-fogo e o retorno dos reféns. No entanto, tanto o Hamas quanto Israel negaram, aumentando ainda mais a tensão. O governo israelense está sofrendo uma forte pressão interna da população, que tem realizado manifestações.

Os Estados Unidos, um dos maiores aliados de Israel no cenário internacional, têm se tornado cada vez mais críticos ao longo dos meses. “O problema de toda essa equação que faz com que o cessar-fogo não pareça tão próximo, é a situação política israelense”, explica Calandrin. O primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, está buscando permanecer no poder. É sabido que, se a guerra entrar em uma situação de cessar-fogo, mesmo que temporária, isso pode levar à queda do governo.

Com a grande insatisfação dos israelenses, Calandrin afirma que é possível a saída de Netanyahu. “As eleições têm se tornado um ponto quase de consenso na sociedade israelense, até mesmo em diferentes perspectivas políticas, eleitores de esquerda, direita e centro, porque a situação se tornou insustentável. A opinião pública israelense chegou à conclusão de que o governo não tem atuado de maneira satisfatória no conflito, principalmente no que tange à questão dos reféns”, conclui.

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