O presidente Luiz Inácio Lula da Silva participou (PT) de uma reunião virtual da Celac (Comunidade de Estados Latino-Americanos e Caribenhos) e fez um apelo ao Equador para que peça desculpas ao México pela invasão da embaixada do país norte-americano em Quito, em 5 de abril, e operação para prender o ex-vice-presidente equatoriano Jorge Glas. Lula considerou o episódio “inaceitável” e afirmou que a situação afeta não apenas o México, mas toda a região. Durante o encontro, Lula defendeu a proposta da Bolívia de criar uma comissão para analisar a situação de saúde de Glas. Além disso, o presidente brasileiro destacou a importância da inviolabilidade das embaixadas como um princípio fundamental do direito internacional. “Medida dessa natureza nunca havia ocorrido nem nos piores momentos de desunião e desentendimento registrados na América Latina e no Caribe. Nem mesmo nos sombrios tempos das ditaduras militares em nosso continente”, destacou o petista. A reunião também contou com a presença do presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, que anunciou o fechamento das sedes diplomáticas venezuelanas no Equador em resposta ao ataque à embaixada mexicana.
Glas foi condenado por corrupção duas vezes pela Justiça equatoriana durante seu mandato de 2013 a 2017. Ele recebeu asilo político do governo mexicano e estava na embaixada supostamente protegido pela Convenção de Viena sobre Relações Diplomáticas de 1961, que estabelece a inviolabilidade dessas representações como territórios estrangeiros. Já Rafael Noboa alega que não poderia correr o risco de o político fugir e ainda acusou o México de conceder asilo político “contrariamente ao quadro jurídico convencional”. O incidente desencadeou uma crise diplomática, levando o governo mexicano a cortar relações com o Equador e retirar seus diplomatas do país.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan News
Comentários