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De titular do Liverpool a encostado em Bremen, Keïta viu carreira despencar em um ano

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“Se você olhar para os grandes jogos que o Liverpool jogou, talvez você se surpreenda com a quantidade de jogos que Naby começou e o quão frequente ele jogou incrivelmente bem”. A frase é simplesmente de Jürgen Klopp, técnico dos Reds, dita em 30 de maio de 2023. Há um ano atrás, Naby Keïta se despedia do Liverpool e deixava os holofotes para cair no ostracismo em Bremen. 

Voltando no tempo, em agosto de 2017, o Liverpool beirou os R$ 200 milhões para tirar Keïta do RB Leipzig. Quando chegou em  Anfield, quase um ano depois, em junho de 2018, o meia vestiu a camisa 8 do Liverpool, que se eternizou com o nome de Steven Gerrard nas costas. Até ali, sua carreira era quase meteórica. 

Natural de Conakry, na Guiné, Keïta começou a jogar no Horoya AC, time de sua cidade. Aos 16 anos, se aventurou em uma viagem buscando um futuro na Europa. Foi recebido pelo que seria seu parceiro de seleção, Guy-Michel Landel, na França. Foi reprovado em testes em Lorient e Le Mans, onde Landel jogou. Não desistiu, seguiu por lá, até ser aprovado pelo FC Istres, da Ligue 2. 

Keïta estreou no profissional no dia 22 de novembro de 2013, contra o Nimes. Marcou na vitória do Istres por 4 a 2. Causou impacto imediato e se tornou titular no returno, sem conseguir evitar o rebaixamento da equipe. 

Acabou negociado com o futebol austríaco, e foi lapidado pelo projeto esportivo da Red Bull. Foram duas temporadas de alto nível em Salzburg, a última com direito a 14 gols, até o próximo passo, em Leipzig. Na Bundesliga, mais duas temporadas com dígitos duplos de participação em gols (8 gols, 7 assistências em 16/17 e 17/18). 

Vice-campeão da Bundesliga, Keïta disputou a primeira Liga dos Campeões pelo Leipzig. Apesar dos gols contra Monaco e Besiktas, não conseguiu evitar a eliminação do Leipzig. Na temporada seguinte, voltou a jogar o torneio, mas com a pesada camisa do Liverpool.

Voltando para o discurso de Klopp, Keïta fez jogos importantes como titular na campanha do título, como contra Bayern e Porto, no mata-mata. Mas se machucou e foi substituído no início do jogo da ida da semifinal, contra o Barcelona, e ficou fora da decisão. Voltou no Mundial, titular e campeão contra o Flamengo. 

Keïta seguiu sofrendo com problemas físicos nos anos seguintes. Só voltou a ter maior sequência, sem problemas físicos, em 2021/22. O Liverpool voltou a ser finalista da Champions. Dessa vez, Keïta jogou a decisão, mas Vinícius Júnior deu o título para o Real Madrid na França que foi responsável por abrir as portas da Europa para Keïta. 

Novamente assombrado por lesões na temporada seguinte, Keïta deixou Anfield e assinou com o Werder Bremen ainda no meio do ano passado. Até agora, porém, só somou 107 minutos em campo. Foram cinco partidas, apenas uma como titular. 

No último fim de semana, o Werder Bremen enfrentou o Bayer Leverkusen no jogo que deu a salva de prata para os Farmacêuticos. Sabendo que, mais uma vez, não seria titular, Keïta se recusou a viajar com o time. Foi multado e afastado até o final da temporada. 

“Não vamos tolerar esse tipo de comportamento. Ele decepcionou os companheiros de time em um momento difícil e colocou seus interesses na frente dos interesses da equipe. Não podemos permitir isso”, disse o diretor de futebol Clemens Fritz. 

Encostado, Keïta, que já vivia no ostracismo na Alemanha, terá de buscar um novo recomeço na carreira, aos 29 anos. O jogador que explodiu ainda jovem na França e conquistou Klopp pela evolução no projeto da Red Bull vê as portas se fecharem. Cabe a ele abri-las novamente. Como fez no início de carreira. 

Fonte: Ogol

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