É difícil duvidar do Real Madrid na Champions. Mesmo nas cordas o jogo quase todo, o time de Carlo Ancelotti segurou o empate em 1 a 1 de forma aguerrida e se garantiu na semifinal com vitória dramática nos pênaltis.
Depois de derrubar o atual campeão, os Merengues irão buscar a vaga na decisão contra o Bayern de Munique, que deixou pelo caminho o Arsenal. Que semifinal pesada!
Foi mais um jogo de xadrez entre Pep Guardiola e Carlo Ancelotti, dois mestres estrategistas. Só que as peças tinham, também, vida própria. Eram a alma do jogo. Um jogo do mais alto nível. Mais uma vez. Que já começou elétrico.
As transições em velocidade seguiram sendo decisivas. Ancelotti adora jogar em velocidade. Foi assim que Carvajal pensou quando lançou Bellingham na frente. O domínio foi de craque. Chamou a bola de meu amor e colocou-a no chão. Em seguida, abriu para Vinícius Júnior na direita. O brasileiro mandou no meio da área para Rodrygo, que primeiro parou em Ederson. Mas a sobra ficou com Rodrygo, que mandou para a rede.
O Manchester City foi embora em busca da resposta. Procurava sempre a sua “torre” para finalizar as jogadas. Se De Bruyne não conseguiu achar Haaland aos 17, Bernardo Silva, no rebote de Lunin, cruzou na cabeça do norueguês. Haaland desviou no canto e acertou o travessão. Na sobra, a bola bateu em Bernardo e saiu em tiro de meta. De Bruyne, na sequência, arriscou um míssil de longe. Lunin espalmou.
Os “peões” merengues tentavam esfriar a pressão rival com marcação forte. Eram disciplinados, coletivamente funcionavam bem. Ainda assim, a qualidade do rival era tamanha que às vezes era inevitável sofrer. Como quando Jack Grealish recebeu de Haaland na canhota, invadiu a área e bateu de canhota. O desvio de Rüdiger foi fundamental para a bola não ir para o gol.
O segundo tempo não foi tão aberto nos primeiros minutos. O Real se fechou mais, com a estratégia do contra-ataque. O City rodava a bola no último terço, dependendo das individualidades para criar algo.
Haaland era sempre cercado. Quando a bola chegava na área, a tentativa era sempre achar uma bola para Haaland. Só que Rüdiger e Nacho faziam uma partidaça para anular o atacante. A bola não chegava no destino procurado.
Pep, então, mudou uma peça. Doku tem como ponto forte o drible, o lado inventivo do jogo. Doku foi a peça que faltava. Depois de receber lançamento de Rodri na direita, superou Valverde no 1 contra 1 e mandou para a área. Rüdiger cortou no susto, mas a bola ficou limpa para De Bruyne empatar.
De Bruyne quase virou logo na sequência. Fora da área, levou para a perna canhota e bateu no alto. Lunin, com a ponta dos dedos, jogou para escanteio. Ancelotti, vendo seu time nas cordas, tirou Kroos para colocar Modric. A pressão seguiu e De Bruyne teve chance na área, mas mandou por cima do alvo. Os Blancos seguiram nas cordas, mas conseguiram levar a decisão para a prorrogação.
Na prorrogação, o Real perdeu pernas também para o contra-ataque. Completamente anulado por Walker, Vinícius deu lugar a Lucas Vázquez. O jogo seguia do outro lado, mas Rüdiger, perfeito na defesa, teve um raro momento em que os espanhóis estavam adiantados. Após Bellingham arrumar escanteio, o lance seguiu no ataque e Brahim cruzou para Rüdiger na área. O alemão tentou desvio, mas mandou para fora.
Se Doku continuava perigoso pela canhota (quando era chamado ao jogo), o City perdeu um pouco de repertório ofensivo na prorrogação. O desgaste físico se juntava ao mental. A tensão no fim só aumentou com o apito final: o semifinalista só seria conhecido nos pênaltis. O xeque-mate ficou para as cobranças fatais.
Ederson, então, conseguiu vingar Alisson: defendeu cobrança de pênalti de Modric no canto direito. Só que Bernardo não ajudou o brasileiro: bateu no meio do gol e facilitou a vida de Lunin. O ucraniano pegou, na sequência, o chute de Kovacic. Não foi a noite dos croatas nos pênaltis (poderia não ter sido há uns anos…).
Lucas Vázquez colocou os Merengues na frente nas penalidades. Para não sair mais. Ederson ainda chegou a converter a quinta cobrança dos Citizens, mas Rüdiger, gigante nos 120 minutos, garantiu o Real na semifinal!
Fonte: Ogol
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