O PBoC sinaliza que é improvável que reduza as taxas de juros no curto prazo, priorizando a estabilização do yuan.
O banco central da China, conhecido como PBoC, demonstrou prudência em relação à adoção de estímulos monetários em ampla escala. Isso ocorre após dados recentes mostrarem um arrefecimento na liberação de empréstimos bancários, sinalizando que é improvável que o PBoC reduza as taxas de juros no curto prazo. A prioridade do banco é estabilizar o yuan.
As autoridades do PBoC mantiveram um tom cauteloso sobre a possibilidade de injetar grandes volumes de liquidez na economia, argumentando que não é o caso de “quanto mais, melhor”. Eles também prometeram fazer melhor uso dos empréstimos existentes e evitar que recursos fiquem parados nos bancos, segundo um artigo publicado no principal jornal do Partido Comunista chinês, o People’s Daily.
Zou Lan, chefe do departamento de política monetária do PBoC, prometeu que a prioridade do banco será aperfeiçoar a qualidade e eficiência do crédito, em vez de focar no volume disponível. Ele afirmou que mais recursos serão destinados a empresas com alto grau de eficiência que necessitem de mais financiamento.
Não houve menção à compra de títulos do tesouro, uma ferramenta raramente utilizada pelo PBoC. A especulação recente sobre se o banco central chinês poderia recorrer a títulos do tesouro em operações no mercado aberto para impulsionar a liquidez de forma agressiva foi desencadeada por um livro recente sobre discursos políticos do presidente chinês, Xi Jinping. No entanto, vários economistas consideram isso improvável, visto que a China ainda tem espaço para relaxar a política monetária de maneira mais tradicional.
A recente fraqueza do yuan também complica a situação. Embora juros menores possam ajudar a economia, eles também podem aumentar a pressão sobre a moeda chinesa.
O PBoC reiterou que a taxa de câmbio do yuan deve ser principalmente determinada pelas forças de mercado, mas a China está disposta a agir para garantir a estabilidade da sua moeda e corrigir movimentos unilaterais. “O objetivo e determinação da China em manter a estabilidade básica da taxa de câmbio não mudarão”, disse Zhu Hexin, vice-presidente do PBoC e importante autoridade de regulação cambial.
Zhu afirmou que o yuan tem oscilado em relação ao dólar em meio a mudanças nas expectativas para cortes de juros nos EUA e maior volatilidade nos mercados financeiros internacionais, mas vem se valorizando de forma constante em relação a uma cesta de moedas. Ele acrescentou que o forte desempenho da economia chinesa no início do ano deverá ajudar a sustentar o yuan e que o PBoC continuará monitorando o mercado cambial de forma atenta.
Com informações de Dow Jones Newswires e Estadão Conteúdo
Fonte: Inteligência Financeira
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