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Vírus da gripe aviária foi detectado no leite de vacas infectadas nos EUA alerta OMS

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A Organização Mundial de Saúde pede vigilância global e práticas seguras de alimentação após a detecção do vírus H5N1 em mamíferos e no leite de animais infectados.

A Organização Mundial de Saúde (OMS) alertou nesta sexta-feira (19) que o vírus da gripe aviária H5N1, cada vez mais detectado em mamíferos e recentemente em bovinos e caprinos nos Estados Unidos, também foi encontrado no leite desses animais infectados. Zhang Wenqing, líder do programa global de prevenção da gripe da OMS, enfatizou em uma coletiva de imprensa que, após essa descoberta, “é crucial garantir práticas de segurança alimentar, como o consumo exclusivo de produtos lácteos pasteurizados”.

A OMS está monitorando de perto os casos nos Estados Unidos, especialmente após a notificação, em 1º de abril, de um caso de H5N1 em um trabalhador de uma fazenda leiteira no Texas. Este é o primeiro caso conhecido de transmissão do vírus de vacas para humanos. “Em surtos recentes, também registramos casos de transmissão de aves para vacas, ou de vacas entre si, o que sugere que o vírus está encontrando rotas diferentes das conhecidas anteriormente”, disse Zhang.

“Isto é preocupante, mas também serve de impulso para uma maior vigilância da doença”, acrescentou Zhang, lembrando que a OMS está trabalhando em conjunto com a Organização Mundial da Saúde Animal (OMSA) e a Organização das Nações Unidas para a Alimentação e Agricultura (FAO) para uma possível reavaliação do vírus H5N1.

Embora os casos em humanos ainda sejam raros (cerca de 900 desde 2003), a OMS permanece em alerta para possíveis evoluções do vírus que permitam a transmissão entre pessoas. Isso poderia dar potencial pandêmico à doença, já que seu nível de letalidade é muito elevado (mais de 50% dos casos foram fatais).

Zhang lembrou que desde 2020 tem havido um “crescimento exponencial” no número de infecções em aves, além de cada vez mais mamíferos afetados, incluindo focas, martas, leões marinhos e raposas. No entanto, a crescente adaptação do vírus para este tipo de animais ainda não foi confirmada. Os casos em vacas e cabras “são mais um passo na propagação do vírus aos mamíferos”, destacou a especialista hoje, que solicitou medidas especiais de prevenção para os trabalhadores das fazendas onde foram registrados casos.

“Pedimos a todos os países que permaneçam vigilantes, reportem rapidamente infecções humanas, se houver, compartilhem sequenciamento e outros dados e reforcem as medidas de biossegurança nas fazendas”, concluiu a especialista da OMS.

*Com informações da EFE

Fonte: Jovem Pan News

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