O presidente da Turquia, Recep Tayyip Erdogan, se reuniu neste sábado (20) com o chefe do gabinete político do grupo islâmico Hamas, Ismail Haniye, em Istambul, e garantiu seu apoio a um cessar-fogo na Faixa de Gaza e, eventualmente, a um Estado palestino, informou a presidência turca em comunicado. Erdogan recebeu Haniye no palácio Dolmabahçe, às margens do Bósforo, o local habitual para reuniões de trabalho com dignitários estrangeiros, por volta das 14h30 (8h em Brasília), e a reunião durou cerca de duas horas e meia. A conversa girou em torno dos ataques israelenses no enclave palestino e da necessidade de ajuda humanitária ininterrupta e suficiente, além do processo de obtenção de uma paz justa e duradoura, segundo o comunicado turco.
O líder turco assegurou ao convidado que a Turquia está empregando todos os esforços diplomáticos possíveis para enfatizar a necessidade de um cessar-fogo urgente que levaria ao estabelecimento de um Estado palestino, “uma condição para uma paz duradoura na região”, diz a nota. O líder turco também descreveu o Hamas como um “movimento de libertação nacional palestino” e rejeitou a classificação de Israel como um movimento terrorista, oferecendo-se para mediar a criação de um Estado palestino vizinho a Israel e com garantias internacionais de paz. A Turquia, que enviou até agora 45 mil toneladas de ajuda humanitária, restringiu severamente as exportações turcas para Israel como retaliação aos ataques em Gaza.
Momentos após o término da reunião, Erdogan recebeu o ministro das Relações Exteriores do Egito, Sameh Shukri. Eles se comprometeram a cooperar mais para resolver conflito no Oriente Médio. “A cooperação entre Egito e Turquia é extremamente útil para nossos povos e para a região”, declarou o ministros das Relações Exteriores da Turquia, Hakan Fidan, após a reunião, que se concentrou particularmente no conflito na Faixa de Gaza, em entrevista coletiva transmitida ao vivo pela emissora turca “NTV”. O ministro alertou que a tensão militar entre o Irã e Israel corre o risco de se espalhar, reiterando o apelo do Cairo por “contenção” e diálogo para evitar novos confrontos militares. “Esses incidentes recentes desviaram a atenção da comunidade internacional das condições trágicas na Faixa de Gaza”, comentou.
*Com informações da EFE
Fonte: Jovem Pan News
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