O Imortal está vivo. Em uma autêntica noite de Libertadores, o Grêmio reviveu a batalha de La Plata e renasce na Copa Libertadores. Com um jogador a menos, o Tricolor derruba o Estudiantes, na Argentina, e vence por 1 a 0.
O time gaúcho, que poderia terminar a noite virtualmente eliminado da competição, conquista os primeiros três pontos e volta para a briga por uma das vagas. O Grêmio segue na laterna do Grupo C, com três pontos, mas embola a chave que ainda tem o The Strongest, com três, e Estudiantes e Huachipato, com quatro.
O Grêmio entrou em campo com a postura de quem buscaria a vitória mesmo diante do pulsante Estádio Jorge Luis Hirschi. O Tricolor ignorou os desfalques ofensivos e pressionou o Estudiantes com e sem a bola.
A iniciativa agressiva do Imortal encurralou os argentinos nos primeiros minutos e entregou a posse ao Grêmio. Entretanto, o time de Renato Gaúcho teve dificuldades para reverter o volume em chances reais. Com JP Galvão e Cristaldo trocando de funções constantemente, a equipe sentiu dificuldade de criatividade e faltou com presença ofensiva.
O Estudiantes resistiu à tentativa de pressão visitante e buscou alternativas para reverter a situação. A forte marcação do time brasileiro quase resultou no primeiro gol. Aos 12, Pepê roubou na intermediária de ataque e entregou em Galdino, que entregou para Cristaldo chutar livre dentro da área.
A presença de Everton Galdino complicou as criações do Estudiantes pelo lado esquerdo de ataque dos argentinos. Os Pinchas buscaram furar a marcação em finalizações de fora da área e investidas procurando Mancuso como elemento surpresa na direita. O Grêmio se defendeu bem das ações.
Na reta final, os comandados de Renato Portaluppi voltaram a intensificar suas ações e, desta vez, priorizaram as pontas. Em jogada pela esquerda, JP Galvão serviu para Soteldo invadir a área e parar em corte providencial de Lollo na hora de marcar.
A partida voltou do intervalo em ritmo completamente diferente. O Estudiantes rejeitou a postura defensiva e agrediu a defesa gremista. Na primeira tentativa, Palacios entortou Rodrigo Ely e soltou uma pancada defendida por Marchesín.
A necessidade da vitória obrigou o Grêmio a responder de forma imediata e impedir que o time argentino controlasse a partida. No lance seguinte, Cristaldo arriscou de longe e Mansilla jogou para escanteio. Na continuidade do lance, o camisa 10 recebeu passe de Galdino e mandou de voleio no travessão.
O time gaúcho encontrou a resposta certa para devolver à altura as tentativas adversárias. Entretanto, no seu momento da partida, o Grêmio sofreu uma importante perda e aumentou seu drama em La Plata. Aos 21, Villasanti recebeu o segundo amarelo e deixou Tricolor em desvantagem numérica.
Com um jogador a mais, Eduardo Domínguez foi para o tudo ou nada e empilhou atacantes no Estudiantes. Em resposta, Renato escolheu duas joias para tentar sobreviver no contragolpe.
Encurralado na partida e ameaçado na competição, o Grêmio colocou sua imortalidade em jogo e apresentou seu espírito copeiro. Aos 30, a juventude de Gustavo Nunes deixou a experiência de Enzo Pérez para trás e cruzou rasteiro para Nathan Fernandes entrar livre no segundo poste, renascendo o Imortal na Libertadores.
Com 15 minutos a serem jogados, o Imortal montou uma parede no sistema defensiva e impediu as ações do Estudiantes. O time argentino encontrou todas as vias fechadas e precisou empilhar cruzamentos na área. No único de sucesso, Piatti entrou livre na pequena área e desviou nas redes, mas o assistente e o VAR apontaram impedimento milimétrico do centroavante argentino. A noite era tricolor em La Plata e o Grêmio saiu vivo da sua primeira batalha Libertadores.
Fonte: Ogol
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