O Everton jogou o clássico como se fosse uma final. Competiu os 90 minutos. Foi agressivo na marcação, direto e reto no ataque e eficiente. Resiliente. Abriu 2 a 0 e segurou a pressão do Liverpool para conquistar três pontos fundamentais na Premier League. E, de quebra, atrapalhar o rival na luta pelo título.
Os Reds ficam, assim, a três pontos do líder Arsenal, e ainda podem perder a vice-liderança para o Manchester City. Já os Toffees, com polêmicas de tribunal à parte, chegam a 33 pontos e se afastam da zona de rebaixamento.
O Everton já mostrou, desde a primeira chegada, como buscaria o ataque. Harrison recebeu bola longa na direita e mandou para a área. McNeil mandou para o meio e Doucouré finalizou, para fora.
Aos cinco minutos, mais um ataque construído com poucos passes. Tarkowski recuperou bola na direita e deixou com Harrison, que mandou lançamento no meio. Calvert-Lewin foi para bola, tirou de Alisson e foi derrubado. O árbitro marcou pênalti e deu cartão para o brasileiro, mas o VAR anulou o lance por impedimento.
Depois do susto, o Liverpool esboçou uma reação. Avançou, tentou acuar o adversário, foi perigoso. Mas aos 26 minutos, os Toffees começaram o ataque com cobrança de falta na área. A zaga vermelha não conseguiu afastar. Começou um bate e rebate danado na área, até que a bola sobrou para Branthwaite. O zagueiro concluiu de canhota, a bola passou por baixo de Alisson e Calvert-Lewin ainda se jogou na bola para não deixar dúvidas. Dessa vez, não houve VAR para intervir.
Os Reds não tiveram muito remédio: voltaram logo a pressionar. E quase empataram aos 34: Mac Allister abriu na frente, Salah desviou e Darwin Nuñez saiu na cara do gol. O uruguaio finalizou forte, mas em cima de Jordan Pickford, que rebateu.
Pickford acabou por ser o protagonista do final do primeiro tempo. A pressão vermelha ficou cada vez maior, mas o goleiro não deixou passar nada. Aos 43, fez grande defesa em chute de Luis Díaz. Salah ainda teve chance no ataque seguinte e chutou duas vezes, a segunda para fora. Robertson teve a última chance, aos 49, em chute cruzado na área. Pickford pegou.
Os Blues seguiram marcando com muita agressividade no segundo tempo. No ataque, continuavam rápidos para definir. McNeil soltou uma pancada de fora para ameaçar o 2 a 0. Alisson espalmou. Na cobrança de escanteio, Calvert-Lewin apareceu na segunda trave como um beija-flor. Pairou no ar e, de cabeça, abriu 2 a 0.
O Liverpool seguiu tentando. E quase descontou aos 24, com Luis Díaz, que cortou para a perna direita na área e bateu com curva. A bola pegou na trave. Nem a sorte parecia do lado do time de Jürgen Klopp.
Klopp tentou achar saídas no banco.Quansah entrou na zaga para tentar qualificar a saída de bola, e Harvey Elliott no meio para dar criatividade. Não funcionou. Elliott até chegou a ameaçar, mas Pickford levou a melhor de novo. Assim como levou em um dos últimos ataques, em cima de Salah. Foram sete defesas de Pickford no jogo.
O Everton jogou os minutos finais como se fosse uma final. Aliás, jogou a partida inteira assim. E rechaçou toda a pressão do rival, que nos minutos finais virou desespero. Nessa noite, Liverpool ficou azul.
Fonte: Ogol
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