O acordo, mediado pelo Catar, envolve a repatriação de 48 crianças.
Rússia e Ucrânia chegaram a um acordo na quarta-feira (24) para a troca de 48 crianças deslocadas pela guerra. O acordo foi alcançado no final de um encontro entre autoridades de Moscou e Kiev no Catar. De acordo com Maria Lvova-Belova, comissária russa para a infância, “29 crianças retornarão à Ucrânia e 19 à Rússia”.
Tanto Lvova-Belova quanto o presidente russo, Vladimir Putin, são alvos de um mandado de prisão emitido pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) desde 2023. Eles são acusados de deportar milhares de crianças ucranianas para a Rússia. Em março, quatro crianças ucranianas foram repatriadas da Rússia, com a mediação de Doha, após uma operação semelhante em fevereiro que envolveu 11 menores.
Nos últimos meses, o Catar tem atuado como intermediário na complexa questão da repatriação de crianças ucranianas presentes em território russo desde fevereiro de 2022. Kiev estima que pelo menos 20 mil menores ucranianos foram deportados para a Rússia das zonas ocupadas em dois anos. No entanto, o total pode ser muito maior, uma vez que este número inclui apenas crianças oficialmente identificadas. Quase 400 delas foram repatriadas pelas autoridades ucranianas.
Em março de 2023, o TPI emitiu um mandado de prisão contra Putin e Lvova-Belova pelo envolvimento direto na “deportação” de crianças ucranianas para a Rússia desde fevereiro de 2022. A Rússia nega as acusações e afirma que protege os menores dos combates. Também expressa sua disposição em devolver as crianças às suas famílias na Ucrânia, que clamam por isso.
As autoridades russas também explicaram que lançaram um programa especial para receber essas crianças, algumas das quais são enviadas para acampamentos onde a educação patriótica é enfatizada. Embora a Rússia não seja membro do TPI, Putin está limitado em suas viagens internacionais por esta ameaça de prisão no exterior.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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