Com centenas de detidos e confrontos com policiais, as manifestações pró-palestinos se tornaram uma onda em expansão nas universidades dos Estados Unidos, onde acampamentos se multiplicam nos campi, em um ambiente de aumento da tensão. “Durante 201 dias, o mundo assistiu em silêncio ao assassinato de mais de 30 mil palestinos por Israel. A UCLA se une hoje aos estudantes que, ao redor do país, exigem que suas universidades se afastem das empresas que se beneficiam da ocupação, do apartheid e do genocídio na Palestina”, diz uma declaração divulgada pelos organizadores do protesto. De Los Angeles a Nova York, passando por Austin e Boston, o movimento estudantil pró-Palestina cresce, uma semana depois de ter começado na Universidade de Columbia, em Nova York. Ele abrange universidades renomadas, como Princeton e Harvard. Grupos de estudantes montaram barracas nos campi para denunciar o apoio militar americano a Israel e a situação humanitária dramática na Faixa de Gaza.
Na tarde de ontem, mais de 100 pessoas foram presas perto da Emerson College, em Boston. Em Austin, dezenas de estudantes da Universidade do Texas foram presos pela polícia montada. A Universidade do Sul da Califórnia (USC) cancelou sua cerimônia de formatura de 2024 depois das prisões. No campus da Universidade do Sul da Califórnia (USC), em Los Angeles (oeste), 93 pessoas foram presas por invasão de propriedade privada. A instituição optou por deixar o campus fechado até nova ordem e cancelou sua principal cerimônia de formatura neste ano, por segurança.
No campus da universidade de Emory, em Atlanta, os manifestantes foram retirados à força pela polícia, segundo imagens registradas por um fotógrafo da AFP. A polícia de Atlanta informou que usou “irritantes químicos” diante da violência de alguns manifestantes. Apesar disso, o movimento de protesto cresce. Na UCLA, em Los Angeles, mais de 200 estudantes montaram um acampamento com cerca de 30 barracas, cercado de faixas. Em Austin, cerca de 2 mil estudantes se manifestaram hoje no campus da Universidade do Texas, aos gritos de “Libertem a Palestina!”. Autoridades temem que os protestos propaguem incidentes antissemitas. O ex-presidente e candidato republicano Donald Trump condenou hoje as manifestações e disse que “o nível de ódio” é muito superior ao da manifestação da extrema direita em Charlottesville em 2017, que deixou um morto e 19 feridos.
*Com informações da AFP e EFE
Fonte: Jovem Pan News
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