Quinta-feira, Setembro 19, 2024
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Exército israelense começa evacuação de zona de Rafah, no sul de Gaza

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O exército israelense ordena a evacuação do leste de Rafah, aumentando as tensões na região.

Nesta segunda-feira (6), o exército israelense ordenou a evacuação do leste de Rafah, localizado no sul da Faixa de Gaza. Esta decisão ocorre após semanas de alertas de que uma invasão poderia ser iniciada. Paralelamente, a Defesa Civil do território palestino anunciou o bombardeio de dois bairros da cidade.

Os bombardeios israelenses, tanto aéreos quanto de artilharia, começaram na noite anterior e se intensificaram pela manhã. Ahmed Redwan, porta-voz da Defesa Civil palestina, especificou que os bairros atacados, Al Shuka e Al Salam, estão entre aqueles que o Exército pediu à população civil que abandonasse algumas horas antes.

O anúncio da evacuação complica os esforços de mediação empreendidos por Catar, Egito e Estados Unidos para alcançar um cessar-fogo entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas. Este cessar-fogo permitiria a libertação dos reféns israelenses mantidos em cativeiro em Gaza após quase sete meses de guerra.

O Exército israelense informou que havia iniciado “uma operação de alcance limitado para retirar temporariamente os moradores na parte leste de Rafah”. Um porta-voz militar estimou que quase 100 mil pessoas estão sendo retiradas desta cidade que faz fronteira com o Egito. A Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem em Rafah.

O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, prometeu que invadirá Rafah, com ou sem tréguas. Isso ocorre apesar das preocupações manifestadas pelos Estados Unidos, seu principal aliado, e pela comunidade internacional sobre o destino dos civis abrigados nesta cidade. Esta ordem de evacuação “prenuncia o pior: mais guerra e fome”, declarou o chefe da diplomacia da UE, Josep Borrell.

Um morador de Rafah disse que algumas pessoas receberam mensagens de voz em seus telefones convidando-as a sair e mensagens de texto com um mapa indicando para onde ir. “Os habitantes estão saindo aterrorizados, em pânico”, disse Osama al-Kahlut, representante do Crescente Vermelho palestino no leste de Rafah. Ele estima que a área designada pelo Exército israelense afeta cerca de 250 mil pessoas.

O Exército declarou ter expandido “a zona humanitária para Al Mawasi”, uma cidade localizada na costa a cerca de dez quilômetros de Rafah. Apesar do anúncio, o porta-voz do Hamas, Abdul Latif al Qanou, indicou que o movimento continua com “negociações de forma positiva e aberta para chegar a um acordo”. O ciclo de negociações do fim de semana terminou sem avanços concretos e os dois lados trocaram acusações de intransigência. O Hamas continua insistindo que o cessar-fogo deve ser definitivo e Israel mantém a promessa de aniquilar o movimento palestino, que em 7 de outubro executou um ataque sem precedentes em território israelense que desencadeou a guerra.

*Com informações da AFP

Fonte: Jovem Pan News

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