Sábado, Novembro 23, 2024
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A Terra do Nunca da Champions: Joselu derruba Bayern e Real está na final (de novo)

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Foi mais uma noite de Champions inesquecível no Santiago Bernabéu. No estádio onde os jogos do torneio parecem eternos. Na casa do inesperado, do improvável, na terra do impossível. A Terra do Nunca, onde o coração infantil dos que amam o futebol bate mais forte. Quando o Real Madrid era melhor em campo, quando Manuel Neuer fazia defesas milagrosas, Alphonso Davies colocou o Bayern de Munique na frente. Mas quando o jogo parecia no fim, quando o relógio já indicava isso, os Merengues contaram com dois gols de Joselu, que tocou duas vezes na bola, e bastou, para virar o jogo e se garantir na final da Liga dos Campeões! 

Não teremos um novo Borussia Dortmund x Bayern de Munique em Wembley. O maior campeão da Champions, o maior clube do torneio, não deixou e estará na 18ª final buscando a 15ª conquista. No dia primeiro de junho, os Aurinegros terão pela frente o Real Madrid no palco sagrado do futebol britânico para decidir quem fica com a “Orelhuda”. 

O Real , naturalmente, jogou com linhas mais altas em Madri. O Bayern, então, buscava atacar bastante as costas da marcação. Kane, por pouco, não achou Sané sozinho na direita, mas Toni Kroos, de carrinho, fez corte providencial. Na sequência, Musiala, sim, deixou Gnabry na boa na área. O ponta bateu cruzado, mas não foi tão perto do alvo e tampouco tão perto de Kane, que aparecia no meio. 

O Real conseguiu responder aos 12, após cobrança de lateral rápida de Carvajal na direita. Vinícius Júnior recebeu na área e bateu rasteiro. Manuel Neuer desviou e a bola ainda foi na trave. A sobra ficou com Rodrygo, que teve tudo para marcar, mas acabou parando em Neuer, que evitou o gol com outra grande defesa. Gigante! 

O duelo prometia emoção. Era aberto, intenso, trocação pura. O time da casa pressionava, mas quando os visitantes conseguiam sair do sufoco… Lunin também teve defesaça para fazer, em chute de Kane no cantinho. O ucraniano se esticou todo para desviar. 

Depois de 20, 25 minutos insanos, o jogo esfriou um pouco. Os dois times não tinham mais a mesma velocidade nas transições. Só lá pelos 40 minutos, Neuer voltou a trabalhar. Foi em jogada de Vini na canhota. O brasileiro mandou para a área, a bola passou por todo mundo e Neuer, com a ponta dos dedos, evitou o gol. 

Os bávaros seguiram apostando em transições rápidas no segundo tempo. Kane abriu na canhota para Alphonso Davies partir em velocidade. O canadense levou para o chute, a bola desviou na defesa e saiu por cima do gol com muito perigo para Lunin. Na sequência, Kane avançou nas costas de Nacho, ganhou de Mendy e bateu rateiro. Lunin pegou de novo.

Do outro lado, Vinícius Jr. ganhava quase todas de Kimmich na canhota. Era o grande ponto de desequilíbrio para o time de Carlo Ancelotti. Por ali, começaram a sair as principais jogadas. Aos nove, Kimmich nem estava por lá: Vini foi entre De Ligt e Sané, que tentavam cobrir Kimmich. O brasileiro mandou na área para Rodrygo, que desviou e a bola passou perto da trave. Rodrygo chegou ainda mais perto aos 13: cobrou falta no capricho, e Neuer fez outra defesa impressionante! 

O Santiago Bernabéu ficou de pé! A pressão blanca foi ficando cada vez maior. E Vini bailou na canhota mais uma vez aos 15, levou de um pé para o outro, iludiu os marcadores e, na área, soltou uma pancada. Neuer de novo, sensacional! Reflexo, poder de reação, técnica. Tudo em um lance. Tudo em um goleiro. Tudo o que a torcida merengue não queria ver daquele lado! 

O Bayern, vez ou outra, dava uma prova de vida. Prova de que era um gigante. Que por mais que apanhasse, poderia renascer das cinzas. Como quase renasceu em jogada de Musiala na área. Foi a vez de Lunin aparecer de novo. Tudo seguia muito em aberto. O esporte jogado era o futebol. Tão apaixonante por diversos motivos. Mas principalmente por sua imprevisibilidade. Imprevisível foi Davies, quando recebeu de Kane aberto na canhota. Lateral esquerdo, cortou Rüdiger para dentro e bateu forte, no ângulo. Sem chance para Lunin. Golaço! 

Como resposta, o Real fez o oposto do golaço. Modric bateu escanteio para Valverde, que mandou na área. A bola bateu na canela de Davies e morreu no fundo da rede. Mas no lance, Nacho fez falta em Kimmich. Chamado pelo VAR, o apitador anulou o tento. Vini, na sequência, ganhou de Kimmich sem bola para receber lançamento de Rüdiger na área. Mas mandou por cima. 

No cronômetro, o jogo parecia ir para o final. Mas uma noite de Champions no Bernabéu pode ser eterna. Em uma noite de Champions no Bernabéus, heróis se moldam, mas também viram vilões. Aos 42, Vini mandou chute despretencioso, Neuer soltou e Joselu, na sobra, mandou para a rede. 1 a 1!

Aí, meus amigos, o que falou foi o pacto que o Real fez com a Champions. O que falou foi a camisa que não deixa dúvidas sobre qual é o maior clube do torneio. Nos acréscimos, sim, e com muito drama: após cobrança de escanteio de Modric, Nacho ficou com a sobra na área, e ajeitou com Rüdiger. O zagueiro mandou para o meio, e Joselu, para a rede. O bandeira anulou. Mas calma. VAR: Joselu estava atrás da linha da bola. Joselu, com dois toques na bola, mudou o jogo. Com dois toques na bola, colocou o Real na final. De novo! Mesmo após um polêmico último lance no qual o bandeira marcou impedimento (errado) e o árbitro parou o lance antes de De Ligt completar para a rede. Na Terra do Nunca da Champions, o final se repetiu e os jogadores, como meninos, se jogaram nos braços da torcida para celebrar a classificação.

Fonte: Ogol

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