O Leão foi corajosa e rugiu alto na capital argentina. Nesta quarta-feira, o Fortaleza visitou o Boca Juniors, em La Bombonera, e não conseguiu repetir a boa atuação do primeiro confronto, mas arrancou um empate valioso no apagar das luzes. Depois de ser dominado pelos Xeneizes e sair atrás do placar no começo do segundo tempo, o Leão encontrou forças na reta final e contou com o brilho de Kervin Andrade para defender a liderança e arrancar o empate por 1 a 1.
Com o placar, o Fortaleza segurou a primeira colocação do Grupo D da Sul-Americana, chegando aos dez pontos, e depende apenas das próprias forças para avançar com a vaga direta para as oitavas. Já o Boca Juniors permaneceu em segundo, com oito, e também depende de si para classificar, mesmo com a segunda vaga.
Correndo atrás do prejuízo, o Boca Juniors usou a força de La Bombonera para empurrar o Fortaleza contra o campo de defesa e comandar os primeiros minutos. O Leão se defendeu bem e dificultou a criação dos argentinos, mas sofreu com o volume ofensivo e não achou alternativas para amenizar a pressão.
O Boca alternou entre Cavani e Meretiel dentro da área e usou a aproximação com os pontas para criar as primeiras oportunidades. Logo aos dois minutos, Zenón achou espaço pela esquerda, ficou na cara de João Ricardo e parou no goleiro. Em seguida, em boa trama da dupla de ataque, o arqueiro do Leão também precisou deixar a meta para evitar que o uruguaio recebesse livre na cara do gol.
Além das tentativas terrestres, os Xeneizes também abusaram da bola aérea para tentar furar a defesa brasileira. Na melhor chance, Zenón levantou a bola no meio da área, Lema apareceu livre e testou forte. Com a frente do gol congestionada, a bola explodiu em Kuscevic e saiu.
Embora a atuação organizada, o Fortaleza apresentou nervosismo quando teve a bola e não conseguiu sair tocando, devolvendo a bola rapidamente para os donos da casa. Lucero e Machuca foram pouco municiados pelo meio-campo e não conseguiram segurar a bola no ataque.
Durante todo o primeiro tempo, o time argentino não tirou o pé do campo de ataque e, apesar de ser pouco criativo, permaneceu atacando de forma volumosa. Na última boa chance, Medina cruzou na área e Meretiel chegou atrasado, mas a bola desviou em Brítez e saiu perigosamente perto da trave do Leão.
O segundo tempo seguiu o mesmo roteiro da etapa inicial e renovou a pressão do Boca com ainda mais ímpeto. Na primeira ida ao ataque, os argentinos mostraram as credenciais e quase abriram o placar com Cavani, cabeceando livre e tirando tinta do poste.
Ainda mais sufocado, o Fortaleza entregou totalmente a posse de bola aos donos da casa e apenas se defenderam acuados. Os Xeneizes continuaram aproveitando a fragilidade da bola aérea brasileira e amadureceram o primeiro gol. Aos oito, Lema voltou a subir com liberdade em cobrança de escanteio e mandou travessão de João Ricardo.
O Leão suportou a blitz enquanto conseguiu, mas o abafa argentino não demorou para traduzir o domínio em vantagem. Aos 15, Zenón achou belo passe de calcanhar e serviu Blanco, que entrou livre pelo lado esquerdo e rolou para Cavani empurrar no gol.
Sem outra alternativa, Vojvoda apostou nas entradas de Marinho e Moisés para dar mais aceleração ao Fortaleza. O Leão cresceu ofensivamente, principalmente, com as ações de Marinho pela direita, mas o Boca seguiu sendo mais objetivo e perigoso nas tentativas contragolpe.
O time argentino engatilhou transições velozes, mas não conseguiu repetir a eficiência. A reta final da partida parecia administrada pelos Xeneizes, que não corriam riscos e valorizavam a posse de bola. Até que no apagar das luzes, o Leão rugiu mais alto, achou um contragolpe letal e calou La Bombonera.
Aos 46, Marinho recebeu pela direita e achou passe açucarado na cara do gol. Na frente de Romero, Moisés errou o domínio, mas tirou o goleiro argentino da jogada e deixou na medida para Kervin tocar na meta vazia e arrancar um empate histórico na capital argentina.
Fonte: Ogol
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