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Série inédita e Liga Europa: Chelsea encontra o caminho no fim da temporada

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Quatro vitórias. Pode parecer pouco, mas é a primeira vez que o Chelsea consegue engrenar série tão positiva em 2023/24, após vitória por 2 a 1 sobre o Brighton. Imerso no caos, os Blues dão sinais de que podem, finalmente, sonhar com uma próxima temporada melhor.

O cenário de calmaria nesta semana em Stamford Bridge é algo praticamente inédito para o técnico Maurício Pochettino. Há um mês atrás, o técnico, contratado para tentar dar rumo aos Blues, estava com seu cargo em risco. Dois jogos atrás, o argentino recebeu um “voto de confiança público” sem muita convicção do clube. Agora, o treinador parece aliviado.

“Nós evoluímos em resultados e performances. Falamos de paciência e que precisamos de tempo para construir algo, mas parece sempre uma desculpa em um grande clube”, reconheceu.

“A evolução do time está aqui. Nós continuamos trabalhando e sendo positivos e finalizar desta forma será bom para o clube”, comemorou.

A melhor sequência anterior havia sido de três vitórias, em duas oportunidades. Nas duas, a série contou com jogos de Copa. As quatro vitórias atuais foram na Premier League, e começaram com o clássico contra o Tottenham. West Ham, Nottingham Forest e Brighton foram as outras vítimas.

Com a vitória sobre o Brighton, o Chelsea ficou a um empate na última rodada de garantir a classificação para a Liga Europa, sem precisar se importar com resultados de terceiros.

Sem segredos, o principal responsável por salvar o Chelsea de uma temporada desastrosa carrega o nome de Cole Palmer. O jogador, de 22 anos, já foi assunto em oGol, e vive um momento único. Foram 25 gols e 14 assistências em sua primeira temporada com os Blues.

Palmer não é o único jovem talentoso recrutado pelo Chelsea recentemente. Desde que o clube teve mudança forçada de gestão, pela saída de Roman Abramovich, o investimento em jovens atletas têm sido a regra. A paciência com eles, em um contexto de reformulação completa, tem sido curta.

Nicolas Jackson é um caso de atleta que sofre com duras críticas em seu primeiro ano de Chelsea. O atacante, de 22 anos, foi contratado por 37 milhões de euros e não teve uma adaptação rápida. Os quatro gols nestas quatro últimas partidas foram um alento para o atleta, e para o torcedor.

Mas talvez a melhor notícia é a evolução defensiva do Chelsea. Marcar gols nunca chegou a ser um problema – os Blues somam mais de 100 na temporada. Mas a média de gols sofridos se manteve alta: o time é ainda a pior defesa entre os oito primeiros, com 62 gols sofridos. Algo que vem sendo alterado.

Foram apenas três gols sofridos nas quatro vitórias, e a defesa passou sem sofrer gols nas duas primeiras, algo que ainda não havia acontecido em 2023/24. Isso sem depender tanto do veterano Thiago Silva, de 39 anos. O “Monstro”, de saída para o Fluminense, era frequentemente apontado como o único ponto de estabilidade no setor e os jovens atletas sentiam falta de sua liderança quando não estava em campo.

Thiago foi destaque nos 5 a 0 contra o West Ham, mas a defesa não havia precisado dele para se manter invicta nos 2 a 0 sobre o Tottenham. Nomes como Chalobah, 24, e Badiashile, 23, e até mesmo Alfie Gilchrist, de apenas 20 anos, deram conta do recado. Melhor ainda: Cucurella encontrou-se finalmente com mudanças táticas de Pochettino, e deixou de ser um ponto fraco para se tornar em um trunfo do treinador.

O Chelsea dos jovens talentos recrutados a peso de ouro enfim dá sinais de evolução. Pochettino garantiu ao menos mais uma temporada para mostrar trabalho. Há potencial de sobra nos Blues para lutar por mais que uma sexta posição, e a esperança volta a fazer parte do dia a dia dos torcedores azuis de Londres.

Fonte: Ogol

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