Foi mais uma noite de Copa do Brasil em São Januário. Foi mais uma noite de drama na Colina. Vasco e Fortaleza fizeram jogo aberto, pelos erros, pelos méritos, e com seis gols, três para cada lado. Só nos pênaltis, ficou definido quem avançava. Só Kervin perdeu uma cobrança. Léo Jardim colocou o Vasco nas oitavas.
Como na fase anterior, o Cruz-Maltino sofreu para empatar em 3 a 3 em casa. Foi no drama dos pênaltis que a torcida vascaína ganhou um alívio, comemorando uma vaga nas oitavas que não vinha desde 2021.
O Fortaleza quase surpreendeu através de uma cobrança de lateral. Tinga cobrou lateral na frente para Pocchetino, que ajeitou na área para Marinho. O ponta bateu forte de perna canhota, mas mandou por cima do alvo.
A torcida vascaína tentou acordar o time depois do susto. O Vasco ficou com a bola. Mas errou com a bola. Errou em saída desastrada de Maicon. Pocchetino ficou com a sobra e abriu para Marinho, que bateu cruzado, de perna direita. Dessa vez, a bola foi por baixo de Léo Jardim, e morreu no fundo da rede.
A reação cruz-maltina quase foi imediata. Após roubada de bola no campo de ataque, Adson recebeu na direita, levou para dentro e bateu forte, de canhota. A bola passou perto da trave. Logo na sequência, Payet tentou inversão de bola na área para Piton, mas Marinho chegou para cortar e tocou com a mão na bola. Chamado pelo VAR, Wilton Pereira Sampaio marcou pênalti. Vegetti cobrou no canto, a bola pegou nas duas traves e entrou, após certo drama. 1 a 1.
O jogo ficou aberto. Em contra-ataque, quase a virada. Payet iniciou o lance para Adson, que quebrou a defesa com passe para David. O ponta avançou pela canhota e mandou na área. Era para Vegetti, livre. Mas Galdames se antecipou e se jogou na bola. Mandou para fora.
Usando bem os lados do campo, o Leão ameaçava quase sempre em cruzamentos. Lucero teve chance de ouro ao receber de Felipe Jonathan na área aos 40, e mandou a cabeçada no travessão. Pocchetino, aos 43, também mandou cabeçada perigosa.
O Fortaleza começou o segundo tempo em cima, pressionando. O time seguiu buscando os lados, e quando chegava no meio, Pocchetino era sempre protagonista para desequilibrar. Aos nove minutos, Lucero começou a jogada na esquerda, com direito a caneta em Maicon, que saiu da área e abriu a defesa. O lance seguiu na direita com Tinga, que deixou para Pocchetino. Na área, o meia deixou com Lucero, que completou para a rede.
O gol mudou o clima em São Januário. A torcida, até então com alguma paciência, passou a vaiar o time. Principalmente Maicon, mas não só. Quando Rafael Paiva mudou o time, foi chamado de “burro”. A pressão era grande.
Quando a torcida gritava para o Vasco jogar, o time respondeu, e jogou. Adson ligou contragolpe pela direita e abriu na frente com Payet. O francês esperou, até alguém passar na esquerda. Foi Pumita, que recebeu e teve de usar a canhota para cruzar para Vegetti. Coube ao argentino apenas empurrar para a rede.
A torcida, que estava contra, voltou a jogar a favor. Voltou a pressionar o rival. O time voltou a ajudar o torcedor. E a união fez a força: Payet achou um grande passe na área, de craque, para Piton. O lateral saiu livre, e bateu rasteiro de canhota. João Ricardo não conseguiu a defesa. O Vasco foi do céu ao inferno em pouquíssimo tempo.
O Tricolor, do outro lado, se desestabilizou. Foi se perdendo em campo, permitindo que o rival controlasse o duelo. Mas foi só Hércules ter algum espaço fora da área para o empate sair. O volante soltou uma pancada de fora da área e acertou o cantinho de Léo Jardim, que não conseguiu pegar.
O final foi de tensão na Colina. Jardim, que não defendeu uma bola defensável, se redimiu aos 49, em chute no cantinho de Moisés. Defesa com as pontas dos dedos. O jogo foi para os pênaltis!
As primeiras cobranças foram perfeitas. Até demais. A de Piton ainda pegou na trave antes de entrar. Até Kervin ir para bola, na quinta cobrança tricolor. Léo Jardim acertou o canto e, com grande defesa, colocou o Cruz-Maltino nas oitavas de final!
Fonte: Ogol
Comentários