O futuro do trio gaúcho no Brasileirão é uma das preocupações de Renato Portaluppi após a catástrofe que atingiu o Rio Grande do Sul. O técnico prevê um cenário muito duro para o seu Grêmio e os rivais Internacional e Juventude, e espera que a CBF encontre alternativas, como o fim do rebaixamento em 2024.
A medida alteraria um modelo de campeonato estável desde 2006, com 20 clubes na elite. Para Renato, não faria sentido impedir o acesso de quatro clubes da Série B para 2025, e dar salvo conduto apenas para o trio gaúcho poderia causar outros questionamentos. Mas seria uma solução em momento de crise profunda.
“É uma situação muito delicada. Muito delicada mesmo. Eu sou 101% a favor de parar o campeonato. Eu entendo a parte financeira de alguns clubes, mas o que é mais importante, a parte financeira ou as vidas humanas?”, lamentou.
“Eu já estou avisando agora, por que muitas vezes eu vejo as coisas que vão acontecer na frente. A conta para o Grêmio, para o Internacional e o Juventude, vai chegar ali na frente”, alertou, detalhando os desafios do Tricolor para exemplificar.
“O Grêmio vai ficar um mês sem jogar. Vai jogar na próxima quarta-feira. Uma final de Libertadores, praticamente. Três dias depois, num sábado a noite, vai jogar pelo Brasileiro… Talvez em Curitiba ou no Rio de Janeiro. Domingo viaja cinco ou seis horas para o Chile, para jogar na terça outra final de Libertadores. Volta, cinco ou seis horas, para no sábado, provavelmente em Curitiba, jogar outra final de Libertadores, contra o Estudiantes”, detalhou Renato.
“Como faz? Cansaço, parte psicológica, adversários em ritmo de jogo”, questionou.
“Daqui a pouco, não temos resultados na Libertadores, deixamos a Libertadores. Não temos os resultados no Brasileiro, contra times muito acima da gente, digo Grêmio, Inter e Juventude, daqui a pouco estamos na zona de rebaixamento”, previu.
Sobre as medidas, Renato deixou claro que sua opinião não é determinante no assunto. Para o treinador, a crise não vai passar tão rápido, mesmo após o fim das inundações, e o importante é a CBF encontrar soluções.
“Eu não sou nem contra nem a favor (que Grêmio, Internacional e Juventude não possam ser rebaixados), porque entendo que outros clubes da segunda divisão estão brigando pra subir. Mas aí cabe à CBF arrumar uma solução. Então sobem os quatro e não cai ninguém”, defendeu.
“Acho que seria a melhor ideia, mas não cabe a mim. Eu penso dessa forma”, finalizou.
Fonte: Ogol
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