O Internacional representou o Rio Grande do Sul. Foi valente como o povo gaúcho. Mas levou a virada do Belgrano, por 2 a 1, na Arena Barueri, e ficou mais longe de avançar na Copa Sul-Americana.
Os argentinos, líderes do grupo, já estão nas oitavas. Com dois jogos a menos, o Colorado ainda enfrenta Delfín e Real Tomayapo em busca do segundo lugar, que dá a chance de um playoff contra uma equipe que vem da Libertadores.
Foi um jogo, acima de tudo, simbólico. Não era apenas o Inter que estava em campo: era o Rio Grande do Sul. O uniforme sujo de barro, como forma de solidariedade, como se lembrasse: estamos aqui, mas também com vocês.
E a torcida também estava com o time. Tanta gente que viajou de Porto Alegre para São Paulo. Gente que perdeu muito. Mas não perdeu o amor pelo clube. Pela vida. A esperança. A Arena Barueri recebeu grande público.
No jogo, o Colorado lançou a campanha “Marcas da Enchente”. As camisas dos jogadores estavam assinadas por todo o elenco, e vão estar disponíveis em leilão, com o valor arrecadado a ser doado para ajudar na reconstrução do Estado.
Mesmo com todo o tempo parado. Mesmo com a volta aos treinos bem longe do ideal, o Colorado respondia em campo. Tentava corresponder. Ficava com a bola e pressionava. Acuava o rival. Alan Patrick era participativo. Borré e Valencia se movimentavam bastante. Wesley tentava resolver no 1 contra 1.
Ah, tinha também Maurício. O meia quase abriu o placar ao ficar com sobra de bola fora da área, cortar a marcação e bater forte. Losada foi no alto espalmar. A pressão não arrefeceu. E o gol demorou. Mas saiu.
Já aos 38 minutos, Renê enfiou grande bola para Wesley nas costas da defesa pela canhota. O ponta avançou, invadiu a área e deixou para Borré apenas completar para a rede e abrir o placar. Borré abriu os braços, para abraçar um povo que só pedia isso.
Só que Renê, bem demais no lance do gol, vacilou já perto do intervalo. Errou em tentativa de recuo, Chavarría aproveitou e deixou com Reyna. Robert Renan bem que tentou evitar o gol, mas Chavarría mandou para dentro na sobra. 1 a 1.
Ainda antes do intervalo, o Belgrano conseguiu uma improvável virada. Contrariando tudo o que havia acontecido até então. Chavarría recebeu livre na área e marcou de cabeça o 2 a 1. A parte física fez a diferença.
Na volta do intervalo, o Colorado seguiu com problema para igualar o jogo na parte física. O Belgrano estava mais inteiro em campo. E conseguia segurar bem a vantagem. Se fechava e também não arriscava muito.
A bola parada, então, quase salvou os colorados. Alan Patrick teve falta para bater perto da área e mandou por cima da barreira. A bola passou muito perto do alvo. Quase o empate.
O Inter ainda tentou um abafa final. Terminou o jogo com Enner, Borré e Alario. E Alario teve, talvez, a melhor chance do empate, ao ficar com sobra de bola na área. Bateu de canhota, para fora. Alario ainda ameaçou em cabeçada no último lance. O time de Coudet foi valente, guerreiro. Representou o povo gaúcho. Mas acabou derrotado. O que, de fato, foi o que menos importou nesta noite.
Fonte: Ogol
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