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Ucrânia receberá 30 caças F-16 da Bélgica; União Europeia se divide sobre envio ou não de instrutores militares para Kiev

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O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, assinou, nesta terça-feira (28), um acordo com Bélgica para receber 30 caças F-16 até 2028. “Esses aviões F-16 serão entregues à Ucrânia o quanto antes”, disse em uma coletiva de imprensa conjunta o primeiro-ministro belga, Alexander De Croo, depois da assinatura do acordo bilateral. De acordo com o alto funcionário belga, o objetivo “é conseguir fornecer o primeiro avião antes do final desse ano de 2024”. Zelensky disse que o compromisso de seu governo é estar em condições de utilizar esses aviões já este ano, e para isso é prioritário se concentrar no treinamento de pilotos. Em uma mensagem no X, Zelensky destacou que “pela primeira vez, um acordo especifica o número exato de aviões de combate F-16 que serão entregues à Ucrânia até 2028, e os primeiros chegarão já este ano”.

O documento assinado “inclui pelo menos 977 milhões de euros [aproximadamente 5,48 bilhões de reais] em ajuda militar belga à Ucrânia este ano, assim como o compromisso da Bélgica de fornecer apoio ao nosso país durante os dez anos de vigência do acordo”, indicou. Essa ajuda vem em um momento em que Zelenksy aumentou a pressão sobre os Estados Unidos para que participe da cúpula de paz prevista para junho na Suíça e a União Europeia está dividida sobre o envio ou não de instrutores militares à Kiev, em guerra com a Rússia desde fevereiro de 2022. “Não há consenso”, disse chefe da diplomacia da UE, o espanhol Josep Borrell no final de uma reunião de ministros da Defesa dos países do bloco, em Bruxelas. “Houve um debate, mas não há uma clara posição europeia sobre isto”, comentou o diplomata.

No início de maio, o presidente da França, Emmanuel Macron, surpreendeu todos ao mencionar a possibilidade do envio de instrutores militares para território ucraniano. Nesta terça, líder francês disse ser a favor de que a Ucrânia possa usar armas ocidentais contra o território da Rússia para neutralizar pontos de onde este país lança mísseis, desde que os alvos não sejam civis. “Acreditamos que devemos permitir que eles neutralizem os locais militares de onde a Ucrânia é atacada, mas não podemos permitir que outros pontos civis ou outros alvos militares sejam atingidos”, afirmou Macron em entrevista coletiva ao lado do chanceler da Alemanha, Olaf Scholz, no Palácio Meseberg, nos arredores de Berlim. “O que mudou é que a Rússia adaptou um pouco suas práticas”, declarou Macron, justificando por que a França se juntou ao Reino Unido no apoio à ideia de a Ucrânia se defender atacando alvos em território russo.

Na Espanha, a situação foi um pouco mais delicada, porque a ajuda militar à Ucrânia gerou tensões no governo de coalizão espanhol. O líder da plataforma de esquerda radical espanhola que governa em coalizão com o presidente do governo socialista, Pedro Sánchez, criticou as quantias “elevadíssimas” que Madri se comprometeu a fornecer a Kiev em ajuda militar. “Em duas ocasiões pedimos informação sobre o alcance daqueles mais de 1 bilhão de euros, que soubemos ontem, através de um veículo da mídia, que se destinavam a armas para a Ucrânia”, acrescentou. Sánchez assinou um acordo de segurança com o presidente ucraniano durante a sua visita a Madri na segunda-feira (27). Este acordo inclui um compromisso de apoio militar para 2024 de 1 bilhão de euros (5,6 bilhões de reais).

*Com informações da AFP e EFE

Fonte: Jovem Pan News

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