A passagem do ciclone Remal por Bangladesh e Índia deixou 65 mortos, informaram as autoridades dos dois países nesta quarta-feira (29). A tempestade formada no Golfo de Bengala atingiu a costa no domingo (26) e, acompanhada por ventos fortes e chuvas torrenciais, avançou de maneira lenta para o interior, provocando inundações e deslizamentos de terra em sua passagem. O diretor do Departamento de Meteorologia do governo de Bangladesh, Azizur Rahman, afirmou que este foi “um dos ciclones mais longos da história do país” e atribuiu esta duração incomum às mudanças climáticas. O ciclone Remal deixou pelo menos 17 mortos no país, entre pessoas afogadas, atingidas por objetos arrastados pela tempestade e árvores que caíram, ou electrocutadas por linhas de alta tensão, segundo o governo e a polícia. Na Índia, o número de mortos subiu para 48, segundo autoridades governamentais e informações da imprensa. O balanço anterior citava 21 vítimas. A maioria das mortes, 28, aconteceu no estado de Mizoram, região nordeste.
Metade dos óbitos aconteceu na terça-feira (28), no desabamento de uma pedreira, provocado por fortes chuvas, informou o governo regional em um comunicado. Dez pessoas morreram no estado de Bengala Ocidental, segundo uma fonte do governo local, e as outras 10 aconteceram nos estados de Assam, Nagaland e Meghalaya, informou o jornal Hindustan Times. Os ciclones são comuns na Índia e em Bangladesh, mas a frequência aumentou consideravelmente devido ao clima, segundo os cientistas. O avanço no desenvolvimento dos instrumentos de previsão meteorológica e dos mecanismos de evacuação permitiu reduzir o número de mortes nas passagens das tempestades.
*Com informações da AFP
Fonte: Jovem Pan News
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