O político britânico Nigel Farage, arquiteto do Brexit, será o novo líder do partido anti-imigração Reform UK e concorrerá nas eleições gerais antecipadas que serão realizadas no Reino Unido em 4 de julho, apesar de recentemente ter descartado essa possibilidade. Na sua aparição hoje, ele explicou que esta mudança se deve ao fato de “estas eleições precisarem de ser animadas” já que, até à data, a campanha eleitoral “é a mais monótona e aborrecida que temos visto em nossa vida”. Ele havia dito no dia 23 de maio que não concorreria às eleições. “E é engraçado porque quanto mais os líderes dos dois maiores partidos (referindo-se ao primeiro-ministro e líder do Partido Conservador Rishi Sunak e ao líder trabalhista Keir Starmer) tentam ser diferentes, mais parecem a mesma coisa”, disse. Farage considerou que há uma “rejeição da classe política neste país que não se tinha visto antes” e que ficou “espantado” na última semana com o número de pessoas que o pararam na rua para lhe perguntar porquê ele não compareceu às eleições.
O político também observou que sentiu que “não poderia decepcionar” os eleitores ao não se candidatar às eleições gerais e que liderará o Reform UK não apenas nestas eleições, mas “durante os próximos cinco anos”. Nigel Farage ficou conhecido em 2016, no referendo sobre a saída do Reino Unido da União Europeia, no qual fez uma intensa campanha em defesa do Brexit. O líder do Reform UK, ex-eurodeputado, é atualmente apresentador do canal de televisão GB News, uma plataforma que lhe garante alguma popularidade entre o eleitorado conservador. Segundo as últimas pesquisas, seu partido Reform UK conta com 15% das intenções de voto, a apenas cinco pontos dos conservadores, aos quais se atribui cerca de 20%, e está muito a frente dos liberais-democratas, tradicional terceira força política do país.
O Reforma UK pretende atrair eleitores conservadores desiludidos com a atual liderança conservadora, especialmente em questões como a imigração e o objetivo de emissões líquidas zero. Os trabalhistas, liderados por Keir Starmer, contariam neste momento, segundo estas pesquisas, com cerca de 45% das intenções de voto, o que indica uma posição imbatível para acabar com quatorze anos no poder do Partido Conservador do primeiro-ministro Rishi Sunak, também candidato nas eleições de 4 de julho. Nigel Farage garantiu nesta segunda-feira que quer atrair “milhões de eleitores” para que o Partido Trabalhista vença com uma margem “muito menor” que as previstas pelas pesquisas, assumindo que seu partido terminaria em segunda posição.
*Com informações da EFE e APF
Fonte: Jovem Pan News
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