A reformulação do Mundial de Clubes pela Fifa vem causando muita polêmica, em especial na Europa. Depois de declarações alarmantes de Carlo Ancelotti, agora foi a vez da FIFPRO, sindicato de jogadores profissionais, entrar com uma ação legal contra a Fifa.
A semana começou com a polêmica de Ancelotti, garantindo que o Real Madrid não iria disputar o torneio por não concordar com as premiações e o calendário. O italiano ainda alertou que o clube não era o único insatisfeito e ainda haveria rebelião dos atletas. Logo depois, o italiano foi desmentido pelo Real, e acabou por pedir desculpas, dizendo ter sido “mal interpretado”.
Os ataques ao Mundial de Clubes, no entanto, não terminariam ali. Como alertou Ancelotti, os atletas resolveram se rebelar contra a decisão da Fifa para o Mundial de 2025.
“Membros da FIFPRO na Europa decidiram submeter uma ação legal contra a Fifa hoje, questionando a legalidade da decisão da Fifa em unilateralmente decidir o calendário internacional e, particularmente, pela decisão de criar e agendar o Mundial de Clubes da Fifa 2025”, argumentou a entidade.
No cerne da disputa estão duas associações de jogadores – da Inglaterra e da França. Não há menção à Espanha no texto, embora Ancelotti tenha antecipado também o descontentamento dentro do Real.
Segundo a FIFPRO, há uma quebra de direitos fundamentais com a criação do Mundial da Fifa. “Trabalho forçado”, falta de “liberdade para trabalhar”, e falta de “negociações coletivas” além do direito a férias e condições saudáveis de trabalho.
“Jogadores e seus sindicatos têm consistentemente destacado que o calendário atual do futebol está sobrecarregado e impraticável”, argumenta o sindicato.
Segundo a entidade, o Mundial vai criar até seis semanas a mais de trabalho para os atletas em disputa. Isso em um calendário cada vez mais inchado. O comunicado completo, em inglês, pode ser conferido aqui.
Fonte: Ogol
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