O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) criticou propostas discutidas em seu governo de limitar o crescimento de gastos com saúde e educação, afirmando que não fará ajustes fiscais prejudicando os mais pobres. Em entrevista na Itália, Lula defendeu o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, que sofre desgaste político após derrotas no Congresso, e criticou a taxa de juros e a atuação do Banco Central. Ele ressaltou a importância de não piorar a pastas consideradas essenciais em detrimento dos mais necessitados, destacando a exclusão histórica do povo pobre no Orçamento. “Eu vou dizer em alto e bom som: a gente não vai fazer ajuste em cima dos pobres. Achar que nós temos que piorar a saúde e piorar a educação para melhorar? Isso é feito há 500 anos no Brasil”, disse presidente.
O Ministério da Fazenda estuda alterar as regras orçamentárias para saúde e educação, visando um ajuste fiscal. Após críticas, Haddad afirmou que essa é apenas uma das possibilidades discutidas. A ministra Simone Tebet ressaltou que a revisão dos pisos não é prioridade da equipe econômica. Já Lula afirmou que quem critica o déficit fiscal também apoia a desoneração da folha de pagamento de empresas e municípios. A desoneração da folha, criada em 2011, beneficia diversos setores da economia, gerando uma perda de arrecadação estimada em R$ 15,8 bilhões para este ano. “Eu disse para o Haddad: não é mais problema do governo, o problema agora é deles. Agora os empresários se reúnam, discutam e apresentem para o ministro da Fazenda uma proposta de compensação”, declarou Lula. O governo contava com o fim da desoneração para reduzir o déficit, mas a proposta foi barrada pelo Congresso. Lula sugeriu que os empresários apresentem propostas de compensação ao ministro da Fazenda. Ele reforçou o apoio a Haddad, destacando que o ministro não está politicamente enfraquecido.
Durante sua participação na reunião do G7, Lula teve encontros bilaterais com os primeiros-ministros da Alemanha e da Itália. Ele também conversou com líderes europeus sobre o acordo de livre comércio entre o Mercosul e a União Europeia, afirmando que o Brasil está pronto para assiná-lo após ajustes necessários. Lula criticou a ênfase dada ao déficit fiscal pela imprensa, ressaltando a taxa de juros elevada no país em relação à inflação.
Publicada por Felipe Cerqueira
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan News
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