António Oliveira vive uma montanha russa de emoções desde que assumiu o Corinthians. O clube atravessa um momento delicado dentro e fora do campo, mas o técnico luso garante não ter se abalado com a situação. Pelo contrário: recusou proposta vantajosa para seguir no time paulista.
Jovem, António Oliveira tem no Corinthians o seu trabalho de maior exposição até o momento. Antes, fez sucesso no Cuiabá e teve passagens sem grande brilho pela tradicional dupla paranaense, Athletico e Coritiba. Ao contrário da paz e apoio que teve no Dourado, no Timão o português tem sofrido com a pressão natural de um clube de massa em crise.
“Estou aqui há quase cinco meses e sou muito mais do que um treinador. Dentro destas situações, torna-se desafiante. É algo fascinante para mim, tem sido um desafio enorme com uma torcida e jogadores apaixonados pelo clube. Olhamos para a árvore e não para a floresta. Eu peguei uma equipe que, em fevereiro, estava na zona de rebaixamento do Paulista. Hoje, enfrentamos Flamengo, Botafogo, São Paulo, Fortaleza… equipes mais estruturadas nesta altura do que o Corinthians. Temos que ser honestos. Não podemos tapar o sol com a peneira”, discursou.
“Estou muito feliz por representar um clube com uma torcida desta dimensão. É única, fantástica e nos empurra. Ela nos tira de momentos desafiantes durante o jogo. Foi uma equipe que se entregou, que foi valente, resiliente e que teve por trás uma torcida que me deixa orgulhoso. Esta união jogadores-torcida tem tudo para trazer novamente o clube aos dias de glória, mas é evidente que este caminho vai ser desafiante, com avanços e retrocessos. Vamos ter alegrias e frustrações até conseguimos devolver uma estabilidade ao clube”, completou.
A instabilidade é um desafio, mas António Oliveira abraçou o projeto, ciente das dificuldades. Tanto que reforçou ter largado a zona de conforto e, mesmo no meio do caos, recusou deixar o clube com proposta tentadora, sem revelar o nome da equipe que o procurou.
“Estou a dizer que poderia continuar numa posição confortável onde estava antes de vir para cá. E mesmo estando aqui, poderia ter ido para outra situação, com outros recursos, e me mantive neste projeto. Me apaixonei por esse desafio. Principalmente por essa torcida, pelos desafios, pelos jogadores que criei um elo, um vínculo. Eles também foram responsáveis por eu estar aqui. Eles pediram para eu continuar. Isso é passado, não interessa mais”, resumiu.
Fonte: Ogol
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