Jogadores da seleção francesa de futebol, liderados pelo atacante Kylian Mbappé, publicaram uma carta aberta aos eleitores da França, pedindo que não votem na extrema direita nas eleições antecipadas pelo presidente Emmanuel Macron. “Sabemos bem das dificuldades crescentes que muitas pessoas enfrentam para sobreviver, da raiva da desigualdade, da falta de compromisso e medo do futuro. Mas, como atletas profissionais, treinadores e dirigentes, não podemos nos resignar vendo a extrema direita tomar o poder no nosso país”, diz o documento que foi publicado no jornal L’Équipe no domingo (16). “Não (é) apenas um dever cívico, mas também um ato de amor ao nosso país”, acrescentam. A carta, assinada por mais de 200 atletas, ex-jogadores e esportistas de diferentes modalidades, destaca a importância de uma sociedade inclusiva e democrática.
O capitão da seleção, Kylian Mbappé, fez declarações sobre a eleição durante uma coletiva de imprensa na Eurocopa, onde a França estreou como uma das favoritas. Ele ressaltou a relevância do momento para a história do país e a responsabilidade da geração atual em moldar o futuro da nação diante da ascensão dos extremos políticos. O engajamento dos jogadores franceses contra a extrema direita tem raízes históricas, especialmente devido à diversidade étnica na seleção, com vários atletas de ascendência africana. Em 2006, o político Jean-Marie Le Pen chegou a questionar o apoio dos franceses à equipe nacional devido à origem dos jogadores, gerando polêmica e posicionamentos políticos por parte dos atletas.
A coincidência da Eurocopa com as eleições na França tem levado a federação francesa de futebol a pedir neutralidade aos jogadores, evitando a politização do esporte. No entanto, a liberdade de expressão dos atletas é respeitada, permitindo que manifestem suas opiniões em um momento de instabilidade política no país, marcado por protestos e incertezas.
*Reportagem produzida com auxílio de IA
Fonte: Jovem Pan News
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