O processo que cassou a deputada federal Silvia Waiãpi (PL-AP) por harmonizar o rosto durante as eleições de 2022 utilizando dinheiro público destinado à campanha eleitoral traz detalhes de como a irregularidade ocorreu. O processo registra supostos diálogos entre ela e sua então coordenadora de campanha Maite Luzia Mastop Martins. Há ainda notas fiscais que comprovam os valores pagos ao cirurgião-dentista Willian Rafael Oliveira. Por meio de sua a assessoria, a deputada informou que soube da decisão pela imprensa e que as contas de sua campanha já haviam sido aprovadas pelo TRE-AP. Caberá recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Conforme a ação julgada pelo Tribunal Regional Eleitoral do Amapá (TRE-AP) que cassou seu mandato, Silvia teria determinado que uma assessora de campanha repassasse R$ 9 mil para um cirurgião-dentista após receber verba oriunda do Fundo Especial de Financiamento de Campanha (FEFC). A própria assessora levou o caso para o MP. Maite Luzia, que era coordenadora de campanha de Silvia, narrou à Justiça que recebeu o pagamento pelos seus serviços em 29 de agosto de 2022, mesmo dia em que Silvia acessou os recursos públicos para sua campanha. O dinheiro repassado por ela para a coordenadora foi R$ 20 mil, pelos serviços prestados de coordenação, acrescidos de R$ 15 mil, que supostamente seriam utilizados para despesas de campanha.
Fonte: Jovem Pan News
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