Um empate frustrante, mas com avaliação positiva para Dorival Júnior. O técnico viu bons sinais no Brasil contra a Costa Rica, embora tenha admitido dificuldades perto da área contra uma Costa Rica dedicada na marcação.
Contra um rival retrancado, a seleção não encontrou soluções para balançar as redes. Para Dorival, o aspecto positivo ficou pelo domínio e controle da partida, apesar da falta de inspiração ofensiva.
“Nós tivemos a maior parte do tempo com troca de passes. Perspectivas pelos lados, por dentro, jogamos com aproximação, criamos boas oportunidades. Não fomos felizes nas finalizações, concordo, mas, de um modo geral, eu acho que nós apresentamos coisas bem positivas”, comentou Dorival após o 0 a 0.
“Nós temos naturalmente que encontramos caminhos e soluções, isso é um fato. E os trabalhos são nesse sentido sempre, para que melhoremos a cada momento. Eu acho que isso está acontecendo”, complementou.
“Eu tenho consciência daquilo que está sendo desenvolvido, daquilo que foi pedido, do volume que nós apresentamos e do trabalho que foi realizado”, defendeu o treinador, ciente das críticas por conta do resultado.
Um dos maiores questionamentos sobre as escolhas de Dorival Júnior contra a Costa Rica passou pela substituição de Vinícius Júnior quando o Brasil precisava encontrar o gol. Para o técnico, no entanto, as características do rival não ajudaram o atacante do Real Madrid a desenvolver seu melhor jogo.
“Nós colocamos ele pelo lado e não tivemos sucesso. Colocamos por dentro e também não encontramos um caminho. Ele estava muito bem marcado. Nós tínhamos que buscar uma solução, tentando uma mudança”, explicou, lembrando que muitas vezes o jogador tinha de encarar três marcadores.
“Precisamos de preenchimento de área, um homem mais na área, seria Endrick ou Evanilson, eram as opções para trabalhar na área, já que as bolas chegavam naquele miolo. Bolas atravessadas, à meia altura, troca de passes, vinhamos por dentro e por fora, tivemos oportunidades limpas para concluir e não fomos felizes hoje”, lamentou, justificando a opção final pela cria do Palmeiras.
Não foi somente Vini quem encontrou dificuldade na partida. Todo o setor ofensivo pecou pela falta de movimentação e criatividade no terço final, reconheceu Dorival.
“Precisamos de um movimento sujo, movimento de ataque a ultima linha, movimento de dez passes atrás da linha adversária e abertura maior frontal a esse movimento de linha, para que possamos facilitar a vida de quem tem a bola nos pés. Foi a maior dificuldade encontrada. Faltaram alguns movimentos em profundidade e tivemos dificuldade maior. Esse movimento carrega a linha para cima do goleiro e abre espaços para trabalhar a bola por trás”, resumiu.
Fonte: Ogol
Comentários