Sexta-feira, Novembro 22, 2024
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Depois de nove anos, Brasil tenta superar trauma contra algoz Paraguai na Copa América

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A edição de 2024 trouxe uma oportunidade ao Brasil. Ainda pela fase de grupos, é hora de superar os traumas antigos. Na Copa América, a história recente dos confrontos contra o próximo adversário castiga os brasileiros. As eliminações de 2015 e 2011 ainda estão vivas e, em 2024, a Canarinho tem a oportunidade de exorcizar esse fantasma.

Depois de estrear com um empate contra a Costa Rica, os comandados de Dorival Júnior agora enfrentam outro desafio crucial: o Paraguai, o algoz das edições de 2011 e 2015 da Copa América. Os paraguaios, que trazem à memória os pênaltis perdidos em duas edições diferentes, representam um obstáculo que o Brasil está determinado a superar.

No dia 27 de junho de 2015, o Brasil entrou em campo para disputar a vaga nas semifinais da Copa América contra o Paraguai. Mas, após um empate em 1 a 1 no tempo normal, os paraguaios cobraram os pênaltis com mais perfeição e garantiram a vaga na próxima fase da competição.

Quatro anos mais cedo, um trauma similar. Na edição de 2011, o Brasil foi eliminado, também nas penalidades, para o mesmo Paraguai, com destaque para as cobranças esquecíveis de Elano, Thiago Silva, Fred e André Santos.

A renovação no Brasil de 2015 para cá foi brutal. Dos 23 atletas convocados para a edição de 2015, apenas Marquinhos e Danilo mantiveram suas vagas para 2024. O lateral, por sua vez, é o capitão da seleção.

Em 2019, as seleções voltaram a se enfrentar pela Copa América. E, novamente, a vaga foi decidida nos pênaltis. Mas, para a alegria do povo brasileiro, os comandados de Tite, na época, eliminaram o Paraguai nas quartas de finais e seguiram rumo ao título do torneio.

Depois de ser motivo do trauma mais recente dos brasileiros, em 2015, o Paraguai sumiu um pouco do cenário internacional. Nas duas Copas América disputadas nesse intervalo de tempo, parou nas quartas de finais. E, aos Mundiais, sequer chegou a ter chances reais de classificação.

Não que o cenário não fosse similar na época: na Copa América de 2015, parou logo após eliminar o Brasil e, no ano seguinte, não passou da fase de grupos. Nas Copas do Mundo, uma história sem encantos: a última vez que os paraguaios disputaram um Mundial foi em 2010, na África do Sul.

Os tempos mudaram no Paraguai. A geração de Lucas Barrios, Raúl Bobadilla e Roque Santa Cruz deu lugar a uma nova formação, com Miguel Almirón, Matías Rojas, Fabían Balbuena e Gustavo Gómez, conhecidos no futebol brasileiro.

Dos 26 convocados por Daniel Garnero para a disputa da Copa América de 2024, apenas cinco atuam no futebol europeu. Balbuena e Júnior Alonso são conhecidos dos brasileiros, enquanto Almirón, Enciso e Alderete não têm tanta mídia no país verde e amarelo.

Nas Eliminatórias para a Copa do Mundo de 2026, o Paraguai não tem vida tranquila e resolvida. Na sétima posição da chave, com cinco pontos em seis jogos, os paraguaios estão a dois pontos do Brasil, primeiro time dentro da zona de classificação. Além disso, o retrospecto atual não anima: entre Eliminatórias e amistosos, nos últimos dez jogos foram duas vitórias, três empates e cinco derrotas.

A seleção brasileira, por sua vez, não vive um momento de grandes honras. Muito pelo contrário, em instabilidade interna, a Canarinho passa por momentos turbulentos e, dentro de campo, tem dificuldades em trazer alegrias aos quase 220 milhões de brasileiros.

Apesar da qualidade conhecida da seleção brasileira, o elenco parece sentir falta de algo. Na estreia contra a Costa Rica, apesar de grande pressão e controle nos 90 minutos do jogo, os comandados de Dorival Júnior ofereceram perigos reais em poucas oportunidades e não conseguiram abrir o placar.

A impressão que fica é que, apesar de distante há um tempo considerável, Neymar ainda faz falta na seleção brasileira. A ausência de um meia articulador dificulta a vida da Canarinho, já que, dos três pontas, apenas Rodrygo consegue exercer a função de um meia armador central, nem perto do que o ex-Barcelona fazia na equipe nacional.

O Brasil deteve o grande controle da partida frente à Costa Rica, mas o maior problema era na concretização. Dos 19 chutes que o elenco verde e amarelo arriscou, apenas três foram direcionados ao gol.

A seleção brasileira passa por um momento de reconstrução. Depois das saídas de Thiago Silva e Casemiro, dois grandes jogadores marcantes da última geração, novos atletas vêm tomando o lugar. A renovação é necessária, mas requer tempo. E paciência.

Com uma nova versão, a seleção brasileira tenta superar fantasmas antigos. O trauma machuca. Como todos os traumas da vida. Mas, o Brasil mudou. A seleção mudou. É hora de quebrar paradigmas.

Fonte: Ogol

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