Domingo, Novembro 24, 2024
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O voo do Superman: falta de pontaria é a kryptonita do Bahia na luta pelo título

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A força física do Superman é, de longe, sua habilidade mais notável. Capaz de mover planetas, a determinação indomável – gerada pela sua força mental – o destaca como herói. O homem de aço é um dos mascotes do Bahia, que assim como nas histórias em quadrinhos, tem encantado os fãs de futebol. Atualmente na vice-liderança do Campeonato Brasileiro, o Tricolor tem o mesmo número de pontos do Flamengo, perdendo apenas no saldo de gols. Diferentemente da potência Rubro-Negra, que sabe aproveitar melhor as chances de marcar, o Esquadrão achou sua kryptonita: as finalizações e consequentemente, a concretização de gols. Nos últimos três jogos, o Bahia finalizou 40 vezes, sendo 17 no gol, mas só balançou as redes em sete. 

“É difícil competir a longo prazo com Palmeiras, Flamengo, Atlético […] . O objetivo a curto prazo é fazer o Bahia estar bem no cenário nacional e ter um calendário internacional todos os anos. Esse é o maior objetivo do clube”, revelou Rogério Ceni, em coletiva de imprensa. 

Apesar da disputa pela liderança do Brasileirão acontecer há sete rodadas, o Bahia só conseguiu um placar elástico, recentemente, quando aplicou quatro gols pra cima do Cruzeiro. Nesta partida, o time de Rogério Ceni manteve 64% da posse de bola, trocou 648 passes, finalizou 14 vezes, sendo seis no gol, consagrando a melhor performance do time na temporada. 

O aspecto físico associado ao toque de bola, jogadas dentro e fora da área, além da velocidade pelos corredores, se juntam as habilidades e puro talento do quarteto fantástico: Cauly, Jean Lucas, Caio Alexandre e Everton Ribeiro. Apesar dos nomes de peso, nem sempre os quatro estão em completa sintonia, o que desfavorece o ritmo e estilo de jogo do Esquadrão. Exemplo disso foi o empate em 2 a 2 com o Criciúma, quando o time baiano finalizou 22 vezes, mas só converteu uma chance em gol.

Na ausência do Superman, o Quarteto Fantástico entra em campo. Diferente dos resultados apresentados anteriormente, os quatro homens de Ceni brilharam na última rodada, quando venceram o Vasco por 2 a 1. O placar saiu barato para o time carioca, que contou com a falta de pontaria do Tricolor. Ribeiro organizou bem o ataque, criando as principais jogadas, enquanto Caio Alexandre se destacou na saída de bola e construção do jogo. Jean Lucas, foi o motor do meio de campo, atacando e defendendo com qualidade, até chegar em Cauly, que participou bem do jogo ofensivo, criou boas chances de gols, mas que, outra vez, (de forma inacreditável) não as concretizou. O Bahia perdeu quatro boas oportunidades no primeiro tempo e outras três na segunda etapa. A partida contra o Vasco rendeu 63% de posse de bola, trocando 599 passes e finalizando 17 vezes, sendo oito ao gol. A goleada, no entanto, foi um ponto fora da curva.

As partidas contra o Fortaleza e Atlético Mineiro, por exemplo, tiveram o mesmo enredo dos outros duelos. Com grande volume na troca de passes (829, ao total), o Bahia obteve um placar magro, de 1 a 0 contra o Leão e o empate em 1 a 1 com o Galo, acertando apenas cinco finalizações a gol, entre as 21 totais.

A única derrota nos últimos três jogos foi justamente para seu adversário direto na liderança do torneio: o Flamengo. Empatando até os minutos finais da partida, o Esquadrão levou o segundo gol e a virada da partida, após um lance de bola parada. Jogando no Maracanã, o Bahia – agora competindo no mesmo patamar – levou sufoco para o time carioca. Foram 71% de posse de bola associadas a 719 passes trocados e nove finalizações a gol. Os números, mais uma vez, revelaram o maior defeito da equipe. Sem conseguir aproveitar as chances, o Bahia, que dominou boa parte do jogo, viu o triunfo cair por terra.  

Apesar das características heroicas que rementem ao seu passado – principalmente pela mística de Raudinei – o Esquadrão de Aço atualmente voa alto. O próximo destino é o primeiro lugar. Mas enquanto ele não chega, o Bahia precisa encontrar o embarque para balançar as redes e o antídoto de sua kryptonita. 

Fonte: Ogol

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