Era uma história de cinema. E foi, mas com outro enredo. Jogo magnífico do país nórdico, soube das limitações e jogou com o que tinha. Fechado, no contra-ataque. Primeira vitória da Eslováquia sobre a Inglaterra. Primeira vez dos eslovacos nas quartas da Euro. Britânicos eliminados com um super time. Football wasn’t coming home. Isso se não fosse por Jude Bellingham, que acertou uma bicicleta fenomenal aos 50 minutos do segundo tempo, e Harry Kane, que frustrou todos os sonhos eslovacos logo no primeiro minuto da prorrogação. 2 a 1 e classificação inglesa garantida.
Os ingleses seguem a trilha pelo primeiro título da Eurocopa na história e, agora, enfrentam a Suíça nas quartas de final da competição. Por outro lado, os eslovacos dão adeus ao torneio e igualam a melhor campanha da história, em 2016, quando pararam nas oitavas.
Num primeiro momento, o jogo se mostrou muito truncado. As equipes se estudavam com muita veemência e raramente ofereciam perigo. O confronto ficou muito travado no setor central do campo nos primeiros minutos.
Como na fase de grupos, a Inglaterra não apresentava bom futebol. E a Eslováquia, por sua vez, não era boba: aos 24 minutos, Strelec recebeu meio e encontrou, em ótimo passe, Schranz na cara do gol, que, com calma absurda, tocou na saída de Pickford e abriu o placar.
Os britânicos eram lentos e previsíveis no campo de ataque. E, em todas as oportunidades que tentava criar para empatar a partida, eram rapidamente parados e contidos pela defesa eslovaca.
Os adversários dos Balcãs, por sua vez, eram eficientes e ligeiros. Se fecharam diante dos comandados de Southgate e, na única oportunidade real que tiveram, conseguiram furar o bloqueio inglês. A vitória parcial era mais que merecida.
Os 15 minutos de intervalo realmente surtiram efeito para os ingleses. Southgate deu um jeito. Aos cinco minutos, Trippier apareceu livre pela direita, recebeu belo passe de Kane e acionou Foden dentro da pequena área que, quase sem goleiro, empurrou para o fundo das redes. Porém, por impedimento do meia do City, o tento foi anulado.
A Inglaterra tinha acordado e era outra equipe no início da segunda etapa. Aos seis minutos, Kane recebeu pela esquerda, limpou a marcação, cortou para o meio e chutou rasteiro. A bola desviou na defesa e quase matou Dubravka, mas morreu na linha de fundo.
Com nove minutos, quase o segundo dos eslovacos. Após trapalhada na linha do meio campo, Strelec aproveitou a bola livre, viu Pickford adiantado e tentou dali mesmo, mas a bola “só” passou perto da trave e saiu perto do gol.
Aos 35, mais uma chance dos ingleses, que pressionavam incessantemente no desespero. Declan Rice recebeu na entrada da área, limpou para a direita e arriscou de fora, mas a bola explodiu na trave. No rebote, Kane tentou de voleio, mas o chute subiu demais e saiu por cima.
O futebol é incrível. Com cinco dos seis minutos de acréscimo prometidos pelo árbitro, após “latereio”, Guéhi deu casquinha para trás e Bellingham emendou uma bicicleta absurda dentro da área para empatar a partida e ser o herói que os ingleses tanto aclamavam.
No primeiro lance dos 30 minutos adicionais, a Inglaterra se reergueu. Depois de chute torto de Eze na entrada da área, Toney aproveitou e, de cabeça, tocou para a área, onde Harry Kane apareceu livre de marcação e, também na testada, virou o jogo na prorrogação.
A Eslováquia até tentou empatar a partida. Em duas oportunidades, com Pekarík e Tupta, mas, sem eficiência e calma na hora da conclusão, viu o placar seguir 2 a 1 aos ingleses até o fim. O sonho eslovaco acabou e o britânico respira.
Fonte: Ogol
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