O furacão Beryl perdeu força nesta quinta-feira (4) em seu caminho em direção ao México, e foi rebaixado a um furacão de categoria dois em uma escala que vai até cinco, com ventos máximos sustentados de 175 km/h e deslocamento de 30 km/h, conforme o último boletim do Centro Nacional de Furacões (NHC) dos Estados Unidos. Espera-se que o furacão impacte o território mexicano entre a noite desta quinta e a madrugada de sexta. Até o momento, o furacão Beryl deixou ao menos sete mortos em sua passagem pelo Caribe. O governo mexicano estima que Beryl atingirá a costa mexicana como um furacão de categoria 1 e atravessará a Península de Yucatán para depois entrar no Golfo do México. Como medida de precaução, o governo mexicano ordenou a suspensão das atividades a partir das 16h locais em Tulum e nas localidades de Felipe Carrillo Puerto e José María Morelos, em Quintana Roo, as áreas que devem ser mais afetadas pela tempestade. Além disso, foram suspensas as aulas em Quintana Roo e no estado vizinho de Yucatán, e também foram disponibilizados abrigos tanto para a população local quanto para os turistas.
A tempestade está a 445 km de Tulum, um destino turístico a cerca de duas horas ao sul de Cancún, enquanto se afasta das Ilhas Cayman, aonde chegou como furacão de categoria 3. Houve relatos de cortes de energia e inundações devido à passagem do furacão, enquanto as autoridades pediam à população para permanecer em suas casas, de acordo com a imprensa local. Beryl deixou mais de 400 mil habitantes sem eletricidade durante a passagem pela Jamaica Em Cancún, um destino muito popular entre turistas internacionais, diversos estabelecimentos comerciais e hotéis cobriram suas janelas com madeira enquanto membros da Marinha patrulhavam as ruas. Nos dias anteriores, os moradores locais lotaram as lojas para se abastecer de alimentos e produtos básicos. O furacão Beryl deve ganhar força sobre o mar para novamente entrar no território mexicano no estado de Tamaulipas, ao norte, na fronteira com os Estados Unidos.
Beryl é o primeiro furacão da temporada do Atlântico, que vai de início de junho até o final de novembro, e impressionou os especialistas pela intensidade que adquiriu ao longo do fim de semana. Os serviços meteorológicos dos Estados Unidos o classificaram temporariamente como um furacão de categoria 5, o que fez dele o furacão mais precocemente registrado na categoria máxima. Os cientistas acreditam que as mudanças climáticas, ao aquecerem as águas do oceano, favorecem essas tempestades e aumentam as chances de que se intensifiquem rapidamente.
*Com informações da AFP
Publicado por Sarah Américo
Fonte: Jovem Pan News
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