O Brasil voltou a ser apático criativamente e, em uma partida muito faltosa contra o Uruguai, a Canarinho chegou poucas vezes com perigo e não conseguiu aproveitar nem os minutos com superioridade numérica. Sem definição com a bola rolando, a seleção brasileira reviveu o drama das penalidades e novamente sucumbiu. Assim como na Copa do Mundo do Catar, o Brasil cai nos pênaltis.
Sem nenhum compromisso com o fracasso brasileiro, o Uruguai avança na Copa América para enfrentar a Colômbia na semifinal. Do outro lado da chave, Argentina x Canadá decidem a outra vaga na decisão.
Dorival Júnior se rendeu a aclamação da torcida e escalou pela primeira Endrick entre os titulares. A joia, no entanto, participou pouco do primeiro e fez parte de um primeiro tempo com poucos momentos de entusiasmo e muitos duelos físicos.
Nos minutos iniciais, nem Brasil, nem Uruguai, conseguiram trocar passes e a posse de bola ficou alternando entre as duas equipes sem nenhuma inspiração. As poucas iniciativas com dribles ou transições eram rapidamente interrompidas por faltas.
O Brasil tentou primeiro colocar a bola no chão e acalmar o jogo, mas foram os uruguaios conseguiram levar perigo inicialmente. Apesar de não conseguir chegar com a bola no chão, a Celeste usou a bola aérea para assustar a defesa Canarinho. Em cobrança de falta, Darwin Núñez desviou, a bola tocou Militão e quase traiu Alisson. Na cobrança de escanteio, Mathías Olivera ganhou pelo alto e testou com perigo.
A sequência de lances parecia animar a partida e trazer um pouco de brilho para a partida mais brigada do que disputada. No entanto, as chances continuaram escassas e quando surgiram, eram mal definidas. Aos 29, recebeu sua chance de ouro, após erro da defesa adversária, mas não confiou no chute e tentou passe para Raphinha, que terminou desarmado.
Do lado celeste, as raras chegadas também tinha como único caminho a bola aérea. Na base da insistência, o Uruguai construiu a melhor chance do primeiro tempo. Aos 34, Darwin Núñez recebeu cruzamento na medida, subiu livre e cabeceou no próprio ombro, salvando o Brasil de sair em desvantagem.
O Brasil tentou responder de forma imediata o enorme susto sofrido e encaixou sua primeira jogada de bola longa. Aproveitando a velocidade, Raphinha, disparou pelo meio, mas errou a passada na hora do arremate e mandou em cima de Rochet. os primeiros 45 minutos tiveram cara de Libertadores.
A conversa no intervalo pouco alterou o panorama da partida. O duelo acirrado continuou extremamente faltoso. A etapa final sustentou a média de uma falta a cada dois minutos, mesmo com menos 50% de tempo com a bola rolando.
Novamente, o Uruguai começou levemente, muito levemente, melhor. Com marcação mais intensa, a seleção celeste forçou os erros da Canarinho e conseguiu com uma recuperação no campo de ataque, colocar Alisson para trabalhar. Aos três, Ugarte emendou uma pancada da entrada da área e o arqueiro brasileiro agarrou firme.
O Brasil repetiu as atuações sem criatividade no meio-campo e também não conseguiu explorar as jogadas individuais. A cada drible encaixado era uma falta do lado uruguaio. A seleção celeste parou o improviso brasileiro com agressividade, mas passou do ponto. Aos 28, Nahitan Nántez entrou de forma desleal para interromper arrancada de Rodrygo e levou o vermelho direto, após chamado do VAR.
A expulsão obrigou até El Loco Bielsa a ser conservador. O treinador da Celeste abriu mão de Darwin para recompor o meio-campo com De Arrascaeta. A mudança deixou o Uruguai e recuado e entregou a posse de bola para o Brasil.
Dorival respondeu aumentando o poderio ofensivo com cinco substituições, tirando os meio-campistas de marcação para ampliar o leque na de alternativas na criação. Entretanto, as novas opções de ataque sentiram o clima quente da partida, demoraram para entrar no ritmo e não ofereceram mudanças.
Durante os 20 minutos que a seleção brasileira esteve em vantagem numérica, o Uruguai sou soube administrar o tempo sem correr riscos. O Brasil passou a reta final da partida sem arrematar nenhuma vez no alvo e não conseguiu evitar o drama das penalidades.
O início da série de penalidades já potencializou o drama brasileiro. Enquanto Valverde e Bentancur mandaram na rede, Militão parou em Rochet. Andréas até tentou colocar a seleção Canarinho nos trilhos, mas Douglas Luiz mandou no poste na cobrança seguinte.
O Uruguai teve a sua primeira chance de confirmar a classificação e Alisson adiou a festa. Martinelli ainda deu um último suspiro à seleção, mas Ugarte tratou de colocar um ponto final da trajetória frustrante da seleção brasileira na Copa América.
Fonte: Ogol
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