A França tinha as estrelas… Mbappé, Griezmann, Dembélé, e companhia. A Espanha, as promessas. E em um mundo cada vez mais precoce, o adolescente Lamine Yamal foi protagonista mais uma vez. Assim como Dani Olmo, que foi de reserva à protagonista. A Fúria, com direito a uma virada-relâmpago no primeiro tempo, superou Les Bleus, em Munique, para se garantir na decisão da Eurocopa.
O adversário espanhol na decisão sairá do encontro entre Holanda e Inglaterra, que se enfrentam na outra semifinal na quarta-feira, também às 16h. A decisão será domingo, em Berlin, 16h (tudo de Brasília).
A Espanha chegou bem nos primeiros minutos. Usou bem os lados do campo para chegar na área. Fabián Ruíz, pela esquerda, tentou achar Yamal do outro lado. Não conseguiu. Depois, Yamal foi mais preciso e cruzou para Ruíz, que não conseguiu a melhor conclusão.
Mas bastou uma bola cair nos pés de Mbappé para acabar o bom momento espanhol. O atacante recebeu pela esquerda, levantou a cabeça e mandou cruzamento na medida para Kolo Muani. Diferente de Ruíz, Muani, novidade no time francês, cabeceou bem e mandou para a rede. Foi o primeiro gol com bola rolando do time de Didier Deschamps na Euro.
Mbappé estava a fim de jogo. E o contexto o ajudava: com uma transição defensiva lenta, a seleção de De La Fuente sofria com os ataques rápidos e contra-ataques franceses. E mais: Jesús Navas, lateral pela direita responsável direto pela marcação de Mbappé, recebeu um amarelo cedo.
Só que o jogo mudou de uma hora para outra. Em um piscar de olhos. O torcedor espanhol trocou o semblante de preocupação para um largo sorriso no rosto quando Yamal chamou para dançar Rabiot. O volante que, na coletiva de ontem, falou que o menino teria que fazer mais do que já fez para ir a final. Pois bem, Yamal fez. Depois do baile, mandou um lindo chute de fora da área no ângulo. A bola pegou na trave e morreu no fundo das redes. O jogador mais jovem a marcar em uma Eurocopa, vivendo seus últimos dias com 16 anos.
A virada não demorou muito. Aos 24 minutos, após Navas cruzar na área e a defesa não afastar, Dani Olmo ficou com ela, driblou bonito a marcação e bateu rasteiro. Koundé ainda tentou, mas não conseguiu evitar que a bola entrasse. 2 a 1. Em um piscar de olhos…
As transições ofensivas perigosas passaram a ser, então, as espanholas. Nico e Yamal se procuravam o tempo todo nas descidas em velocidade, enquanto o time francês ficava completamente adiantado. Foi um primeiro tempo de tirar o fôlego, frenético, que terminou com vantagem da Roja.
Les Bleus seguiram adiantados no segundo tempo. E logo no primeiro contra-ataque, Olmo lançou Nico Williams sozinho na canhota. Só que Maignan saiu desesperado e conseguiu fazer o corte e afastar o perigo.
O perigo também estava do outro lado. Geralmente quando um dos pontas conseguia ser insinuante. Dembélé fazia um jogaço! Após bela jogada pela direita, o ponta mandou no meio da área e Unai Simón, que saia para cortar o cruzamento, quase foi surpreendido, mas conseguiu voltar para evitar o gol.
Para ter mais opções de definição no corredor central, Deschamps mandou a campo Griezmann. A França passava cada vez mais tempo no campo de ataque. Mas a Fúria, quando tinha a posse de bola, trabalhava bem. Sem pressa. Tentava esfriar o rival. Ao invés de acelerar, tirava a velocidade.
Ditando o ritmo, o time espanhol quase matou o jogo com Yamal, que mandou mais um chute perigoso de canhota. Do outro lado, Giroud entrou para o abafa final francês. Seria mais um final de jogo na Euro com drama.
Aos 41, Mbappé avançou da canhota para o meio, como gosta. Mas bateu mal, muito longe do alvo. Não foi a Eurocopa do craque. Não foi a Eurocopa da França. É, definitivamente, a Eurocopa da encantadora Espanha, que, com sua juventude irresistível, se garante na decisão.
Fonte: Ogol
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