A ex-primeira-dama da França Carla Bruni-Sarkozy foi acusada nesta terça-feira (9) de envolvimento em irregularidades no financiamento da campanha eleitoral de 2007 de seu marido, Nicolas Sarkozy, com dinheiro da Líbia, segundo uma fonte da Justiça. Carla Bruni é investigada por suspeita de manipulação de testemunha e participação em uma associação criminosa para cometer fraude judicial. A ex-primeira-dama está sob controle judicial e proibida de entrar em contato com os envolvidos no processo, exceto Sarkozy. Os advogados de Carla Bruni, Paul Mallet e Benoît Martinez, consideram a decisão injustificada e afirmam que ela irá contestá-la. Eles argumentam que a acusação é uma continuação processual sem fundamentos legais ou factuais.
Nicolas Sarkozy, presidente da França de 2007 a 2012, foi indiciado em outubro de 2023 pelo mesmo caso, sendo suspeito de manipulação de testemunhas e associação criminosa. Seus advogados tentaram anular o processo em abril deste ano. A investigação visa esclarecer a reviravolta no depoimento de Ziad Takieddine, um empresário franco-libanês que afirmou ter entregue milhões de euros do ditador líbio Muammar Khaddafi à equipe de Sarkozy, mas depois mudou sua versão. A suspeita é que pessoas próximas a Sarkozy tenham influenciado a mudança do depoimento. Carla Bruni apagou mensagens trocadas com Michele Marchand, uma figura influente na mídia francesa, no mesmo dia em que Marchand foi acusada de manipulação de testemunhas em junho de 2021. Sarkozy, que nega as acusações, será julgado no início de 2025 por supostamente ter recebido fundos da Líbia em sua campanha.
*Com informações da AFP
Publicada por Felipe Cerqueira
Fonte: Jovem Pan News
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