O casamento com Hernán Crespo no São Paulo em 2021 foi só uma fase. Curta, por sinal. Aquele jogador que brilhou por seis meses no Tricolor Paulista já não existe mais. E, depois de três temporadas no mínimo questionáveis nos Estados Unidos, Rigoni negocia com o Fluminense para auxiliar na possível reedição de 2009, uma luta dificílima contra o rebaixamento.
Aos 31 anos, o argentino surgiu no Belgrano, há 11 anos. Depois de certo destaque, fechou com o Independiente. E com mais brilho ainda, se lançou à Europa, onde passou por Zenit, Atalanta, Sampdoria e Elche. Mas, sem grande destaque no Velho Continente, a volta à América foi a esperança de retomar o brilho. No entanto, nem assim Emiliano conseguiu voltar a sorrir como antes.
Formado nas categorias de base do Belgrano, Rigoni subiu ao elenco profissional do clube com 20 anos. Atuou na equipe de cima por três temporadas e, com certo destaque, anotou oito gols, quando ainda jogava pelo lado do campo. Depois de boas temporadas, chamou a atenção do Independiente.
No Rojo, foram mais três temporadas com sucesso considerável: 18 gols e duas assistências nos 58 jogos que disputou. Fez os olhos do Zenit brilharem em busca de sua contratação, mas mal sabia Rigoni que começava ali uma história de pouco protagonismo, diferente do que foi no país natal.
Foi contratado pelo clube russo e, em três oportunidades, foi emprestado, para Atalanta, Sampdoria e Elche. Nas quatro temporadas que atuou no Velho Continente, Rigoni não conseguiu mostrar o mesmo desempenho que teve quando jogou na Argentina.
Atuou na Europa da temporada 2017/18 até 2020/21 e, em 108 jogos, marcou apenas 17 gols e deu oito assistências. Era uma carreira inconsistente, ainda atuando pelos lados do campo, mas sem uma sequência considerável em nenhum dos clubes que defendeu.
Contratado pelo São Paulo na metade de 2021, Rigoni pouco demorou a engrenar. Após oito jogos modestos pelo Tricolor Paulista no início, o argentino passou a ser crucial no esquema de Hernán Crespo e, com autoridade, se tornou a referência paulista em gols mais tarde.
O auge no Tricolor, no entanto, foi curto. Rigoni era como um meteoro passageiro: ajudou o clube nos momentos finais de Crespo, que foi demitido mais tarde. Auxiliou o São Paulo a se classificar na Libertadores, contra o Racing, e, em 12 jogos nessa que foi a melhor fase do jogador, marcou oito vezes.
Naquela altura, Rigoni atuava como segundo atacante e formava o ataque são-paulino com Luciano. Em seu primeiro ano com a camisa do clube paulista, o argentino teve destaque no começo, mas caiu de produção na sequência.
Na segunda temporada, o jogador já não era mais o mesmo. Em 32 partidas, já sob o comando de Rogério Ceni, Rigoni marcou apenas dois gols e deu três assistências. Além disso, jogou apenas dois jogos completos e, na maioria das vezes, começava no banco de reservas.
Rigoni aterrissou nos Estados Unidos para ser uma das referências do Austin na MLS. Mas, até mesmo em uma liga menos competitiva com relação as que já jogou, o argentino não conseguiu render. Na primeira temporada, foram dez jogos, sem gols, assistências e partidas completas.
Na segunda, um pouco mais participativo. Chegou a jogar os 90 minutos em algumas oportunidades e, nas 37 vezes que entrou em campo pelo clube, contribuiu com seis gols e cinco assistências. Ainda sim, longe do destaque que teve na América do Sul.
Antes de deixar o Austin ao fim do contrato, jogou mais uma temporada. Em 11 jogos, balançou as redes em apenas uma oportunidade, foi preterido em diversas vezes e não justificou uma renovação de contrato.
Agora, Rigoni tem conversas avançadas para jogar no Fluminense, naquilo que pode ser a reedição do milagre de 2009, ou a segunda vez do clube na Série B. A esperança é por repetir o brilho no São Paulo. Mas a realidade é que o argentino já não é mais aquele jogador e provou isso na terra do Tio Sam.
Fonte: Ogol
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