O duelo deste domingo, entre Argentina e Colômbia, define quem ficará com o troféu da 48ª Copa América da história. Mas, além disso, o embate entre James Rodríguez e Messi será um duelo especial, também, individualmente. Duelo de dois camisas 10 que fizeram, até aqui, uma Copa América impecável. E que disputam, também, o prêmio de melhor jogador do torneio.
Para o argentino, é a oportunidade de conquistar o terceiro título pela Argentina e ser coroado como melhor da Copa América pela terceira vez, depois de 2015 e 2021. Para James, a expectativa é pelo único troféu com a Colômbia e por mostrar ao mundo, através da honraria individual, que a carreira do camisa 10 ainda não chegou ao fim.
Depois de conquistar a Copa do Mundo em 2022, a Argentina chegou à primeira posição no ranking de seleções da FIFA e, na América do Sul, superou o Brasil como melhor equipe nacional no continente. Na Copa América de 2024, isso só foi devidamente posto em prática.
Nos cinco jogos que disputou, foram quatro vitórias e apenas um empate, que resultou em classificação frente ao Equador nos pênaltis. Além disso, os hermanos somam quase oito meses de invencibilidade. A última derrota foi no dia 16 de novembro, um 2 a 0 contra o Uruguai, pelas Eliminatórias da Copa.
Na Copa América, são sete gols marcados e apenas um sofrido, justamente contra os equatorianos. Essa boa fase da seleção passa muito por Lionel Messi, mas não podemos deixar de falar de nomes como Dibu Martínez, Lautaro Martínez, Cristian Romero e Lisandro Martínez, por exemplo.
Com apenas duas participações diretas em gols no torneio em quatro partidas, Messi ainda é o responsável principal por fazer o jogo argentino fluir. Com acertos nos passes que beiram os 90% e com a faixa de capitão, o sete vezes Bola de Ouro pode ter sua quase despedida da seleção em 2024.
O ex-jogador do Barcelona não deve se aposentar da seleção, mas esse pode ser o seu último torneio grande com a camisa branca e azul. Como no Mundial de dois anos atrás, os jogadores e a comissão técnica atuam com maestria para recompensar o maior ídolo do futebol argentino com a segunda Copa América no currículo, logo de forma seguida.
Não é de hoje que a seleção colombiana é uma das mais fortes no cenário sul-americano. Mas a fase recente não era tão brilhante até o início do novo ciclo, rumo ao Mundial de 2026: os colombianos ficaram de fora das duas últimas Copas do Mundo e não chegavam à decisão do torneio sul-americano desde 2001.
Na atual edição, uma campanha quase impecável. Nos cinco jogos que disputaram, os Cafeteros venceram quatro e empataram apenas um, justamente frente ao Brasil. Foram 12 gols marcados e apenas dois sofridos, com uma defesa fortificada e um ataque que superou às expectativas.
Apesar de estar atrás de Uruguai, Brasil e Argentina no histórico, pelas atuações recentes e pela constância mostrada, principalmente na Copa América, não é absurdo dizer que a Colômbia hoje é a segunda seleção mais forte do continente. Eliminaram a Celeste na semifinal e deixaram os brasileiros para trás na fase de grupos.
Não é a primeira vez que a Colômbia apresenta um time forte, muito pelo contrário. A geração de James Rodríguez, que em um passado recente contou com jogadores como Carlos Sánchez, Téo Gutiérrez e Radamel Falcao, talvez seja a mais fresca na nossa memória. E, dos quatro citados, apenas o jogador do São Paulo segue sendo convocado, com a despedida cada vez mais próxima.
Atualmente, os destaques da seleção passam por Luis Díaz, Jhon Arias, Richard Ríos e, novamente, pelo camisa 10 James Rodríguez. O meio campo dos colombianos é uma das, senão a parte mais importante no esquema tático de Néstor Lorenzo. E é muito por conta do camisa 10 que esse setor é tão vangloriado na Copa América.
Com função similar à de Messi na Argentina, James, por sua vez, recua mais para armar as jogadas da seleção. Com sua genialidade, o jogador de 33 anos soma um gol e seis assistências no torneio sul-americano, sendo o protagonista da grande campanha colombiana.
Mais do que o craque argentino, James é o principal favorito a ser eleito o craque da Copa América. A final deve decretar de vez se James terá sua campanha consagrada ou Messi conseguirá mais um título, e prêmio individual, em seus últimos capítulos pela seleção argentina.
Antes de tudo, porém, o foco é no título da Copa América. A decisão deste domingo (14), às 21h, só deixará um povo feliz. E um craque apenas será consagrado. Apenas um camisa 10 levantará a taça.
Fonte: Ogol
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