‘Eu deveria estar morto’, diz Trump em entrevista após atentado a tiros em comício

Donald Trump, ex-presidente dos Estados Unidos, declarou no domingo (14) que é um milagre estar vivo após ser alvo de um atentado durante um comício em Butler, Pensilvânia, no dia anterior. Em uma entrevista ao New York Post, concedida a bordo de seu avião particular a caminho da Convenção Nacional do Partido Republicano em Milwaukee, Trump descreveu o ocorrido. “O médico no hospital disse que nunca viu nada parecido, ele chamou de milagre”, afirmou Trump. “Eu não deveria estar aqui, eu deveria estar morto.”

Detalhes do Atentado e Reações Imediatas

Trump explicou que o atirador, identificado como Thomas Matthew Crooks, de 20 anos, disparou várias vezes de um telhado com um fuzil AR-15. O ataque foi interrompido por agentes do Serviço Secreto dos Estados Unidos, que neutralizaram Crooks. Trump estava usando uma bandagem branca solta que cobria sua orelha direita, atingida pelos disparos. “O tiro arrancou um pequeno pedaço da minha orelha e espirrou sangue na minha testa e bochecha”, detalhou Trump.

Atuação dos Agentes do Serviço Secreto

Trump elogiou a atuação dos agentes do Serviço Secreto, destacando a rapidez com que o tiraram do palco. “Os agentes me empurraram tão forte que meus sapatos caíram, e meus sapatos são apertados”, disse com um sorriso. Ele ainda mostrou um grande hematoma no seu antebraço direito causado durante a evacuação.

Mudanças no Discurso e Impacto Pessoal

O episódio fez com que Trump mudasse seu discurso planejado para a convenção do Partido Republicano. “Eu tinha preparado um discurso extremamente duro, realmente bom, todo sobre a administração corrupta e horrível. Mas joguei fora”, disse ele. “Eu quero tentar unir nosso país, mas não sei se isso é possível. As pessoas estão muito divididas.”

Investigações e Repercussões

O Serviço Secreto dos EUA e o FBI estão investigando como o atirador conseguiu chegar tão perto do palco com um fuzil estilo AR. A investigação trata o incidente como uma tentativa de assassinato contra Trump. Além do ex-presidente, outros dois homens foram baleados, e um ex-chefe de bombeiros morreu no atentado. O presidente Joe Biden pediu uma investigação independente sobre a segurança no comício e condenou a violência política em um pronunciamento nacional.

Donald Trump sobreviveu a um atentado graças à rápida intervenção dos agentes do Serviço Secreto. O incidente levou a uma reflexão sobre a divisão política e a violência nos Estados Unidos. A investigação continua, enquanto o país busca respostas e medidas para prevenir futuros ataques