“Está na hora de um espanhol ganhar a Bola de Ouro”, disparou Rodri após o título de sua seleção na Eurocopa. O volante não indicou nomes para o prêmio, mas nem seria preciso. Eleito o melhor jogador do torneio, as declarações não disfarçam o lobby pessoal para levantar também o galardão de melhor do mundo na temporada.
Afinal, ao início da Eurocopa Rodri apenas corria por fora da disputa pela Bola de Ouro. Vinícius Júnior estava na dianteira, pela boa imagem deixada na reta final da temporada, com atuações decisivas na Liga dos Campeões, e com Jude Bellingham, seu companheiro de Real Madrid, na cola. O volante espanhol estava no pelotão de trás, com outra penca de nomes como Kane, Foden, Messi, Mbappé, todos com a impressão de coadjuvantes nessa corrida.
Vini e Bellingham seguem com argumentos fortes para a Bola de Ouro. O brasileiro foi decisivo no momento mais decisivo da temporada pelo Real. Bellingham foi “o cara” do time na arrancada. Mas suas participações nos torneios continentais de seleções foram apenas discretas.
Para Vini, uma atuação brilhante contra o Paraguai foi pouco. O ponta não foi decisivo contra Colômbia e ficou ainda mais apagado contra a Costa Rica. Acabou suspenso contra o Uruguai e não estava em campo para tentar evitar a eliminação na Copa América.
Bellingham marcou um golaço na virada heroica da Inglaterra sobre a Eslováquia, nas oitavas de final. Mas isso serviu apenas para evitar uma eliminação que seria vexatória. Na maior parte do tempo, o meia inglês deixou evidente o desgaste da temporada. Um esgotamento que já comprometia seu rendimento no Real, depois de início de ano exuberante.
Nenhum dos candidatos ganhou tantos pontos nas competições de seleções como Rodri. Nem mesmo Lionel Messi, campeão mais uma vez com a Argentina, mas dessa vez como apenas mais uma peça na engrenagem alviceleste.
Em um futebol cada vez mais impactado por números, Rodri não tem gols e assistências como ferramentas para conquistar os corações dos eleitores da Bola de Ouro, jornalistas especializados por todo o globo. Mas há uma estatística que pode impressionar ainda mais: o volante perdeu apenas um jogo em toda a temporada, por clubes e seleções.
Rodri, o volante invencível. Melhor da Eurocopa… Por que não também o melhor do mundo?
Fonte: Ogol
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