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Alvo do Santos, Njie é filho de lenda africana e fez carreira em Portugal

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Yusupha Njie está na mira do Santos para reforçar a equipe ainda nesta temporada. O jogador, de 30 anos, é filho de uma lenda do futebol africano e fez carreira em Portugal. 

Alhaji Momodo Njie, conhecido pelo apelido de Biri Biri, é o pai de Yusupha. Ex-atacante, Biri Biri faleceu em 2020, e recebeu honrarias não só em seu país, como também na Espanha. 

Biri Biri foi o primeiro jogador da história do futebol gambiano a jogar profissionalmente. Ele deixou Gâmbia no fim da década de 1960 para fazer testes no Derby County. Mas não houve acordo para a assinatura do contrato. 

Anos mais tarde, em 1972, o habilidoso atacante africano assinou com o  B1901, sendo pioneiro entre os atletas africanos na Dinamarca. Mas foi pelo Sevilla, a partir de 1973, que Biri Biri fez história, com mais de 100 jogos em cinco temporadas. O atleta se tornou ídolo nacional pela seleção de Gâmbia e é considerado, por muitos, o maior jogador da história do país. 

“Eu coloco o Biri Biri até acima de Maradona, porque ele era um grande artilheiro, driblador e ambidestro. Biri Biri é o maior jogador africano de todos os tempos”, elogiou seu ex-companheiro de seleção, Alhaji Babou Sowe, em entrevista para a BBC em 2005. 

Inspiração não faltava para Yusupha Njie se tornar um jogador de futebol. Desde cedo, Yusupha sempre conviveu com histórias sobre a importância de Biri Biri para o futebol africano. 

“As pessoas sempre o veem como uma lenda, mas para mim, ele é apenas meu pai, alguém que me inspira, alguém que sempre esteve lá quando eu precisei. Alguém que olha por mim, que sempre me quer ver vencer. Ele é meu herói e tenho orgulho em chamá-lo de pai”, disse o atacante para a BBC da África. 

Njie fez um caminho diferente do pai. Após iniciar a carreira no Real de Banjul, na capital gambiana, se mudou para o Marrocos. Ainda no continente africano, mas a um passo da Europa…

Pelo FUS Rabat, mostrou que poderia dar um salto maior na carreira e começou a ser convocado, como o pai, pela seleção gambiana. Em 2017, foi emprestado ao Boavista, de Portugal. Deixou boa impressão, e acabou comprado pelos portugueses no ano seguinte. 

Quase negociado com o futebol francês após o bom início, Njie sofreu uma lesão no joelho em 2018 e levou quase um ano para voltar a ser titular da equipe. Aos poucos, foi recuperando a confiança, e marcando os gols esperados. 

Sua melhor temporada em Portugal foi justamente a última: em 2022/23, marcou 14 gols e deu duas assistências em 31 jogos, melhor marca da carreira. Mas acabou se transferindo, há um ano, para o futebol do Catar. Pelo Al Markhiya, somou dez tentos e quatro assistências em 26 partidas. 

Recuperado dos problemas físicos, buscando continuar escrevendo a própria história, Njie pode ser mais um africano a desembarcar no futebol brasileiro. 

Fonte: Ogol

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